Adotei um animal adulto!

 

Eu queria escrever um texto recheado de motivos que incentivassem as pessoas a adotarem um animal adulto. Li uma matéria alí, outra aqui, mas a verdade é que já existem tantos discursos interessantes sobre o assunto que acho que eu só ia "chover no molhado", sabe.

 

Então, nada mais honesto do que falar da minha própria experiência com a adoção de um animal adulto. Mas, já aviso, separem uma flanelinha pra limpar o monitor, pois é possível que eu começe a babar muito por aqui.

 

Ela chegou no fim de outubro do ano passado, com seus três bebês. Acolhi-a no meu apartamento depois que deu à luz no jardim do condomínio.

Antes, perambulou por aí. Abandonada, vagava de condomínio em condomínio à procura de carinho e comida. As crianças, muitas escondidas dos pais, sempre a socorriam com petiscos e brincavam com ela, principalmente em dia de festinha. Os adultos, bem, alguns ajudavam; outros, procuravam se livrar do problema. Três dias antes de dar à luz, foi jogada por cima do muro do meu prédio e caiu no buraco de uma piscina vazia. Ficou lá um dia inteiro, até que foi resgatada da construção abandonada.

 

Tenho que admitir que ela foi otimista ao voltar pra ter os filhotes aqui. Uma das crianças chamou-a de guerreira. Concordo. Pra mim ela é um pouco mais, é uma conquistadora de corações.

 

Sua adaptação em casa foi rápida. Desde o primeiro dia, já virava de barriguinha pra cima como se estivesse retribuindo o abrigo. Sempre "na dela", veio muito educada. Jamais pulou na pia ou no fogão e parecia pedir liçenca para entrar nos comodos da casa.

E que mãe dedicada aos filhotes...  nunca reclamou de nada, nem quando eu espirrava aquele remédio gelado na orelha dela pra curar a sarna de ouvido.

 

Ao sinal do primeiro cio, corremos pra castrá-la, pois ela já estava se mostrando impaciente e fazendo inspeção em todas as portas e janelas. Mas depois de castrada, virou uma filhotona. Brinca e se diverte, e como nos diverte com isso! 

 

Os filhotes foram doados com 60 dias de vida. Ela ficou. A única pessoa interessada na adoção tinha cachorrões bravos... então, percebemos que não queríamos que ela corresse mais riscos. No fundo, com ela passamos a rir mais. 

 

Além disso, com respeito e perspicácia, a danadinha conseguiu conquistar seu espaço até com a Phoebe, minha poodle ciumenta, que nunca aceitou aqueles filhotes saltitantes, insistentes  e inconsequentes que sempre passavam por aqui entre um resgate e outra adoção.

 

Seis meses depois, minha gata, que ganhou o nome de Filomena, está mais gordinha e até o pelo cresceu. Uma fofa!                          

                                               Filomena com os filhotes, no dia de sua chegada 

 

 

                                                                 e hoje, na poltrona preferida

 

 

O que eu posso dizer é: antes de setenciar, dê uma chance pra você e o bichinho.

 

Assim como muitas pessoas costumam ter preconceitos em adotar uma criança que não seja um bebê, o preconceito também existe com relação aos animais adultos. "Vai vir cheio de manias." é o que se costuma pensar. O que as pessoas não imaginam é que estão perdendo a oportunidade de conhecer uma personalidade diferente daquilo a que estão acostumadas, mas cuja maior mania é a de se contentarem com pouco. 

 

 

O site Quero Um Bicho (http://www.queroumbicho.com.br:80/texto_posse.htm) entre outras dicas legais, cita 12 vantangens em se adotar um animal adulto. Vou transcrevê-las aqui:

 

"Sim, os filhotes são muitos lindinhos, quase irresistíveis. Mas, os grandões também são maravilhosos e precisam de bons lares. Por isso, veja se você não se dispõe a abrir seu coração para um. Os adultos também são surpreendentes: 

 

-  Mais tranquilos, não latem muito e não choram à noite;

-  São mais obedientes por já terem uma capacidade de assimilação maior;

-  São mais independentes no caso de ter que ficar sozinhos por algumas horas;

-  Dificilmente destroem sapatos, móveis ou coisas dentro de casa;

-  Aprendem a fazer as necessidades no local adequado com maior facilidade e velocidade;

-  É mais fácil saber, antes de adotar, se ele é quieto, brincalhão, se gosta de correr ou se é mais reservado;

-  Você não terá dúvida alguma sobre o tamanho dele;

-  Evacuam menos que os filhotes (geralmente 2 ou 3 vezes por dia);

-  Se adaptam rapidamente ao ambiente e às pessoas da casa, incluindo as crianças;

-  Não precisam de duas a quatro doses de vacinas no primeiro ano como os filhotes (apenas a manutenção anual);

-  São mais atentos a chegadas de pessoas; No caso de cães, defendem mais a casa;

-  Serão amigos fiéis e eternamente gratos a você."

 

 

Abraços a todos

 

Iris

 

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