Excelente posicionamento de Dener Giovanini sobre a Resolução 457 do CONAMA



Fala do Coordenador Geral da RENCTAS, Dener Giovanini, durante Audiência Pública sobre a Resolução 457 do CONAMA. Realizada na Câmara Federal em 17/12/2013.

 A norma pode representar um dos maiores retrocessos da história ambiental brasileira, com graves consequências para os animais. Dentro de 180 dias, a contar da data de publicação, (dia 27 de Dezembro de 2013) milhares de animais silvestres estarão sujeitos a viver de forma precária e nas mãos de pessoas nem sempre habilitadas e com boas intenções.

Com essa medida, todo cidadão brasileiro pode “tutelar” até dez animais silvestres de origem ilegal. A Resolução prevê a guarda “provisória” dos animais, vítimas do tráfico ou de outra forma de apreensão, a qualquer cidadão brasileiro, facilitando que pessoas suspeitas, mas com ficha limpa, possam receber esses animais. E não há estipulação de prazo para a expiração da guarda “provisória”. Ou seja, essa provisoriedade pode se transformar em prazo indeterminado.

O artigo 10 da Resolução, que trata do Termo de Guarda de Animais Silvestres, diz que “TGAS é pessoal e intransferível e não poderá ser concedido, no mesmo endereço, para mais de um CPF/CNPJ, podendo a cada interessado ser concedida a guarda de até 10 (dez) animais silvestres”. Em seguida, afirma que “a ampliação do número de animais poderá ser concedida pelo órgão ambiental, mediante justificativa técnica.”. O que quer dizer que algumas pessoas poderão ter 10, 20, 30 e muitos outros animais.

Cada detentor de um Termo de Guarda de Animais Silvestres ou Termo de Depósito de Animais Silvestres terá o direito de manter em cativeiro “anfíbios, répteis, aves, e mamíferos da fauna brasileira”, desde que não pertençam a espécies com potencial de invasão de ecossistemas ou ameaçadas de extinção e não tenham sido vítimas de maus-tratos – neste caso, as autoridades brasileiras não consideram o tráfico, cuja crueldade e violências são inerentes, como maus-tratos.

Na prática, a Resolução permite a qualquer um, inclusive sem histórico de trabalho ambiental, o destino desses animais já tão sofridos e explorados por pessoas inescrupulosas ou sem consciência. Legaliza o aprisionamento de animais silvestres e abre ainda uma brecha para que traficantes montem redes de pessoas com fins escusos, os chamados testas de ferro, para “cuidarem” desses animais.

Com informações da ANDA

Cão que foi abandonado por ser surdo aprende linguagem de sinais

Os primeiros meses de vida de Horus foram na rua em meio a usuários de drogas. Acabou sendo levado a um lugar onde padeceu muito antes de ser adotado. Sob o cuidado amoroso de sua tutora, Rosie Gibbs, o cão inteligente tem se destacado em aprender uma língua de sinais e agora sabe mais de 50 comandos.
Horus obedecendo aos comandos da tutora. (Foto: Divulgação)
Horus obedecendo aos comandos da tutora. (Foto: Divulgação)
Horus foi recolhido pela ONG “Dogs Trust”, na Escócia, quando ele tinha apenas alguns meses de idade. Ele foi adotado logo depois, mas seus “pais adotivos” o devolveram depois de um ano porque não podiam controlá-lo, por ser surdo. Então o cão passou outros 18 meses trancado em canis à espera de um novo lar. Felizmente, Rosie chegou e adotou Horus, que estava especificamente à procura de um cão surdo. Rosie é uma entusiasta em língua de sinais e queria mostrar que cães surdos podem aprender uma língua surda.
Ela levou Horus para casa e em duas semanas ele tinha aprendido 15 comandos. Ela diz: “Ninguém queria levá-lo por causa de seu comportamento. Ele costumava ficar agressivo quando estava entre cães e pessoas, mas depois que ensinamos alguns comandos, Horus começou a entender e passou a ser um animal brilhante!”.
Ela treina Horus com uma forma básica diferenciada da língua de sinais ensinada às crianças em seu país. Em cinco anos Horus memorizou 56 comandos, conheceu uma série de truques e ganhou inúmeros prêmios, como o prêmio “Bom Cidadão” no Kennel Club. Rosie, explica: “Um cão surdo não consegue, obviamente, ouvir você, assim você não pode, por exemplo, chamá-lo de volta, por isso eu tinha que treiná-lo com “truques” a cada 20 segundos. Estes truques eram os sinais da Língua de Sinais de meu país”.
Ela disse que Hórus não pode ouvir, mas seus outros sentidos são mais fortes. Ela descreve: “Ele pode me dizer quem está no outro lado da minha cerca do jardim apenas por seu faro e pela sombra. Se eu entrar em uma sala, ele percebe a mudança de luz e se vira para ver quem é.”
Rosie ajuda outros tutores de cães surdos e incentiva os outros a não ignorá-los, pois são animais em potencial. “As pessoas pensam que cães surdos são diferentes e estúpidos e que não podem ser treinados, mas Horus é uma prova de que isso é possível. Ele é um membro da família.”
Veja o vídeo que mostra Horus obedecendo alguns comandos:

Comissão Europeia apresenta legislação contra clonagem animal


Foto: Reprodução
Foto: Reprodução
A Comissão Europeia apresentará na próxima semana um pacote legislativo com o objetivo de proibir em todo o bloco europeu a clonagem de animais para fins alimentícios, entretanto não irá proibir a importação de alimentos produzidos com animais descendentes de clones. As informações são do El Economista.
A princípio, a Comissão apresentará o pacote com duas leis na próxima quarta-feira, indicou um porta-voz do Poder Executivo europeu. Segundo o El Economista, a Comissão irá propor a proibição da clonagem para fins alimentícios na União Europeia.
Infelizmente, a Comissão cedeu às pressões comerciais e não planeja proibir a carne produzida a partir de animais descendentes de clones, nem impor restrições à importação de tais produtos.
Esta é uma nova tentativa da Comissão para tentar inscrever na agenda europeia o controle da clonagem animal e da utilização pela indústria alimentícia, assim, barrando os abusos que tais práticas têm com animais.
Em março de 2011, após 3 anos de negociações, a União Europeia não se pôs de acordo sobre a possibilidade da transação deste tipo de produto, produzidos em sua grande maioria nos Estados Unidos, Argentina, Brasil e Uruguai.
Os Estados da União Europeia consideraram exageradas as exigências de comercialização concluídas pelos eurodeputados, entretanto, os mesmos precisaram diminuir as proibições da legislação, para favorecer a indústria da carne.

INGLATERRA - Tutora reencontra cachorro desaparecido há nove anos

(Foto: Divulgação/Bath Cats and Dogs Home)
(Foto: Divulgação/Bath Cats and Dogs Home)
Milissa Mae já havia perdido a esperança quando recebeu uma ligação. Do outro lado da linha, uma voz avisava que Niamh havia sido encontrado.
A britânica, que vive em Worcester, demorou para entender que o cachorro que havia perdido há nove anos, quando o animal escapou por um buraco na cerca do quintal, voltaria para sua casa.
“Achei que nunca mais o veria”, disse Milissa durante entrevista.
O reencontro da dupla aconteceu a apenas 120 quilômetros de distância da casa da britânica, na Inglaterra. O animal foi encontrado e resgatado por uma equipe do abrigo “Bath Cats and Dogs Home”.
De acordo com Milissa, uma das maiores emoções de sua vida foi perceber que o cão não havia esquecido dela. “Ele me reconheceu na mesma hora”, comemorou.

PELO MUNDO - Causa animal pode comemorar algumas vitórias nos últimos anos


Foto: Vinoth Chandar/Flickr
Foto: Vinoth Chandar/Flickr
Embora haja muitos fatos que causam revolta em relação a exploração animal, ainda é necessário relembrar alguns pontos importantes da luta pela causa animalista. Muitas pessoas visitam zoológicos e aquários quando crianças e acham um lugar divertido. Ao passar dos anos, nós descobrimos que há diversos motivos para discordar desta primeira conclusão. As informações são do One Green Planet.
Dentro da luta contra a crueldade no mundo, há alguns exemplos que mantém a esperança das organizações de defesa animal. Essas vitórias pedem celebração e mostram que as coisas realmente podem mudar para melhor se dermos tempo para as iniciativas de ativistas e associações de todo o mundo agirem.
Rinhas de galos proibidas ao redor do mundo
Este esporte sangrento existe há 6 mil anos e foi espalhado no passado pela Pérsia até a Asia, para depois chegar à Europa. Ainda hoje, a rinha de galos é popular em alguns países, principalmente na América Latina e Ásia, mas outros já se livraram deste cruel “esporte”.
Por exemplo, em 1835, Inglaterra e País de Gales criaram o Ato contra a Crueldade aos Animais, tornando as rinhas de galo ilegais. A Escócia se uniu ao grupo 60 anos mais tarde, em 1895, quando esta prática cruel conseguiu ser banida, então, de todo Reino Unido.
Na Espanha a prática também é proibida (exceto na província de Andaluzia e nas Ilhas Canárias) e a França baniu as rinhas de todas as regiões, menos onde é classificada como “tradição”. Incrivelmente a tradição ainda é utilizada como desculpa para a manutenção da crueldade.
Nos Estados Unidos, Louisiana foi o último estado a proibir as rinhas. Agora, todo o país vetou o “esporte”.
Total banimento da dissecação em Israel
Israel baniu completamente o uso de animais em salas de aula para dissecação em 1999. O ministro da Educação na época, Yossi Saridm, disse que “é mais importante ensinar estudante de Israel compaixão para com animais, que irá produzir mais compaixão com humanos”. Cerca de 100 pessoas escreveram para o ministro, pedindo a proibição completa (e este era o jeito, antes das petições online).
Caça a coelhos e raposas com cães e cavalos é banida no Reino Unido
Somente na Inglaterra e no País de Gales 20 mil raposas são mortas anualmente. Em 2001 a Escócia já havia proibido tal prática, mas em 2004, com a entrada da Inglaterra, o Reino Unido inteiro passou a banir esta caçada horrível.
Touradas são banidas da Catalunha
Touradas são consideradas como o símbolo da Espanha, entretanto, na realidade se trata de um esporte cruel e destrutivo, que toma mais de 13 mil vidas de touros a cada ano. Segundo agências de proteção animal, este é o número oficial, mas o número real chega a ser três vezes maior. Para colocar fim a essa terrível prática, ativistas conseguiram 180 mil assinaturas para uma petição contra as touradas. A petição, juntamente com o trabalho de todo o lobby conseguido junto aos políticos do país, ajudou a concretizar os votos contra as touradas na Catalunha, em 2011.
Neste ano, o estado de Senora, no México, foi o primeiro a proibir as touradas, após uma demonstração de compaixão e amor aos animais por mais de 18 mil pessoas no estádio local.
Circos com animais são banidos ao redor do mundo
Animais em circos fazem lembrar espetáculos itinerantes, onde “curiosidades” eram exibidas em pequenas tendas. Entretanto, tristemente, estes espetáculos ainda são muito comuns. Para evitar que a crueldade sobre os animais ainda seja fruto de exploração humana, alguns países proibiram a exibição de animais selvagens, já outros, de todos os tipos de animais.
Enquanto esta forma de exploração ainda é permitida nos Estados Unidos, a racionalidade e a compaixão fizeram com que a Inglaterra a proibisse neste ano. Um mês depois, a Catalunha colocou para aprovação uma lei que proíbe o uso de animais em circos.
Chipre, Grécia, Croácia e Áustria também tomaram iniciativas para banir por completo os animais em circos, já a Bélgica, neste ano, criou uma lei para promulgar a proibição.

EUA - Responsável por confinar tubarões em aquário é punido


Foto: Care2
Foto: Care2
O presidente do Idaho Aquarium vai passar um ano em uma prisão federal. Ammon Covino decidiu que precisava de um acervo adicional em seu aquário em Boise, Idaho. Em particular, ele queria mais tubarões-limão e arraias manchadas.
Ele encontrou um fornecedor na Flórida que podia conseguir o que ele queria, o problema foi que ele não se importou em obter nenhuma permissão apropriada antes de trazer os tubarões e as arraias, ignorando que se tratava de um crime. O fornecedor até lembrou Covino de que ele precisava de documentação para tal.
Com a frase “que se dane”, ele insistiu para que o fornecedor enviasse os tubarões e as arraias de qualquer jeito.
Foi quando as coisas deram errado para Ammon Covino e outro executivo do Aquário, o co-fundador Christopher Conk. O que eles não sabiam era que o fornecedor estava trabalhando com as autoridades federais e todas as conversas estavam sendo gravadas.
A decisão de Covino de burlar as leis do estado da Flórida e do Ato federal Lacey renderam a ele um ano e um dia na prisão por conspiração na compra e transporte de vida selvagem da Florida para Idaho. Devido sua transgressão ter intenção de beneficiar seus negócios, o Idaho Aquarium foi também processado criminalmente e sentenciado culpado.
Covino e Cork poderiam ter sido sentenciados em até 5 anos de prisão.
Os problemáticos aquários da famíla Covino 
O nome Covino é bem conhecido no mundo dos aquários, mas não necessariamente por bons motivos. Cada uma das 3 posses da família tem problemas de causar espanto.
No aquário Boise, além da convicção de tráfico da vida marinha, vários outros problemas foram se formando ao longo dos últimos meses. A Sociedade Humana de Idaho e o departamento de Pesca e Jogos de Idaho estão atualmente investigando a veracidade de queixas em relação aos cuidados de baixa qualidade para com os animais. Além disso, a Administração de Segurança e Saúde Ocupacional publicou recentemente a instalação de um aviso de supostos riscos de segurança e de saúde.
Ammon Covino e seu irmão Vince, também co-fundaram o Aquário Portland em Oregon. Aqui também as alegações são abundantes de que os animais foram maltratados. Segundo o The Oregonian, mais de 200 animais marinhos morreram no aquário de Portland durante a primavera de 2013, de fome, infecções, altas temperaturas, ataques entre os animais e outras causas desconhecidas.
Esta informação veio de um ex-funcionário do aquário que forneceu um “relatório das mortes”, abrangendo o período de 18 fevereiro a 16 maio de 2013. Durante este período, foi alegado que o Portland Aquarium rotineiramente adiou tratamento de emergência para cortar custos. Essas alegações levaram o Oregon Humane Society a investigar o local.
Foto: Care2
Foto: Care2
A família Covino estava se preparando para abrir seu terceiro aquário em Austin, Texas, enquanto Ammon Covino era condenado em 2 de dezembro. Mesmo em Austin, dizem que os Covinos tem contornado os requisitos legais.
Os relatórios indicam que a instalação de Austin começou a construção antes de ter as licenças necessárias. Agora que a construção está concluída, também não é claro se eles obtiveram o habite-se que permitirá visitantes no local. Essas atribuições parecem ser uma pedra constante nesta família.
Sentenciado por um juíz “linha-dura”
O juiz neste caso, o Juiz Distrital dos EUA Jose E. Martinez, sabe o caminho a se seguir quando se lida com esse tipo de delito.
Quando Covino pediu à sua audiência de sentença para não ser enviado para a prisão porque sua esposa estava prestes a dar a luz ao seu filho em abril, o juiz lhe disse que as desculpas que ele estava fazendo seriam melhor direcionadas para a criança ainda não nascida do que ao tribunal
A apresentação do Conk não foi muito melhor. Ele disse ao juiz que ele nunca tinha estado na Flórida até chegar em Key West para uma audiência deste caso. Conk observou como o lugar é bonito.
“Não vai ser bonito por muito mais tempo se as pessoas continuarem roubando tubarões e outros animais selvagens”, Martinez respondeu. O juiz praticamente acertou em cheio.
De acordo com a ordem do juiz, Amom Covino e Christopher Conk não vão poder fazer nada com o Aquário de Idaho quando suas penas de prisão estiverem concluídas. Isso é para o melhor, não acha?

Países cobram da África do Sul proteção às focas e lobos-marinhos



Lobos-marinhos já estão ameaçados por diversos fatores, incluindo alterações climáticas e caça. (Foto: sabreakingnews.co.za)
(Foto: sabreakingnews.co.za)
Um poderoso grupo formado por 24 cientistas, especialistas em focas e protetores de todo o mundo escreveu para líderes do governo sul-africano pedindo que seja mantida a proibição da caça às focas e aos lobos-marinhos, que já vigora há vinte anos, e apelando para que esta seja a primeira nação africana a introduzir uma proibição sobre o comércio de produtos derivados de focas. As informações são do Global Animal.

Lobos-marinhos já estão ameaçados por diversos fatores, incluindo alterações climáticas e caça. 
Isto ocorreu após um membro do Parlamento, Phaliso Meriam Nozibonelo, ter apresentado a proposta de revogação da proibição e de retomada ao assassinato desses animais, afirmando que “focas são os maiores caçadores de certos peixes e ninguém as prende”.
A carta, iniciada pela organização Seals of Nam e preparada pela Harpseals.org e foi assinada por cientistas da Espanha, da Austrália, dos EUA, Canadá e Reino Unido. Ambientalistas e representantes de inúmeras organizações internacionais de renome endossaram a carta, incluindo a Humane Society International, a NSPCA da África do Sul, o IFAW, a Earthrace Conservation, a WSPA e o Earth Island Institute.
Os signatários desta carta representam milhões de pessoas preocupadas com a sobrevivência, o bem-estar e os direitos dos mamíferos pinípedes (que incluem as focas, os lobos-marinhos e leões-marinhos). A carta responde às afirmações do Ministério Público referenciando estudos científicos que mostram que as focas são fundamentais para os ecossistemas marinhos, que a população de lobos-marinhos não tem aumentado significativamente desde o início da proibição da caça na África do Sul, e que o estado das populações de peixes depende de ações do governo para controlar o excesso das atividades de pesca.
Na carta também se solicita que a África do Sul siga países como Rússia, Taiwan, México, EUA e os países da União Europeia que proibiram o comércio internacional de produtos derivados de focas. O documento foi enviado para o presidente e para o vice-presidente da África do Sul, e aos ministros do Comércio e Indústria, da Agricultura, das Florestas e Pescas, e de Assuntos Hídricos e Ambientais.
A Dra. Diana Marmorstein, diretora-executiva da Harpseals.org, disse: “Nossa comunicação com o Governo sul-africano aborda questões relativas ao bem-estar das focas e as evidências científicas de que a matança desses animais é intrinsecamente desumana”.
Foto: Care2
Foto: Care2
“Nós também explicamos que, com base em estudos empíricos e de modelagem, reduzir populações de focas por meios não naturais não deverá fazer com que haja um aumento nas populações de peixes de interesse comercial. Assim, apelamos ao governo manter a moratória sobre a caça às focas e lobos-marinhos”, acrescentou a diretora.
A carta chegou ao governo sul-africano poucos dias depois da Organização Mundial do Comércio (OMC) ter divulgado a sua decisão em resposta ao desafio do Canadá e da Noruega, instaurando a proibição da importação de produtos derivados de focas pela União Europeia.
Marmorstein afirmou que “a OMC, assim, reconheceu a evidência da brutalidade e da crueldade abjeta no massacre às focas, tanto na Namíbia quanto no Canadá, o que deixou uma forte impressão sobre o povo da União Europeia e levou-o a apoiar a legislação que proíbe o comércio de produtos que são derivados a partir das mortes das focas”.
Um dos últimos mercados remanescentes para produtos derivados de focas é a África do Sul. Um passo positivo no sentido de uma proibição desse comércio na África do Sul poderia influenciar o Governo da Namíbia para acabar com a matança de foca e lobos-marinhos que acontece todos os anos entre Julho e Novembro e envolve o encurralamento e a matança de 80.000 filhotes de focas e 6.000 adultos em sua colônias.
Populações de lobos-marinhos – encontrados somente na África do Sul e Namíbia – já estão ameaçados por flutuações na disponibilidade de presas relacionada a fenômenos climáticos, bem como à pressão da pesca, à mortalidade por emaranhamento em redes de pesca e à matança perpetrada por pescadores. Durante os últimos 30 anos, a população sofreu três eventos de mortandade em massa nos quais até 90% dos filhotes morreram de fome.
Marmorstein concluiu, “a África do Sul está tendo a oportunidade de melhorar e aumentar a sua reputação como uma nação conservacionista, se mantiver e aumentar a proteção para uma de suas espécies animais mais emblemáticas”.
Veja aqui na íntegra o press-release da Seals of Nam sobre o assunto.

SENADOR PEDRO TAQUES DIMINUI PENAS PARA CRIMES CONTRA ANIMAIS E DESCRIMINALIZA O ABANDONO



Ignorando totalmente o clamor da sociedade (mais de 300 mil assinaturas entregues), estudos científicos que concluem que uma pessoa que maltrata animais é cinco vezes mais propensa a cometer crimes contra humanos, documentos nacionais e internacionais que comprovam que proteger animais não é apenas uma questão humanitária, mas de SEGURANÇA PÚBLICA, o relator do Novo Código Penal, Senador Pedro Taques - PDT - MT, DIMINUIU AS PENAS para crimes de Maus Tratos a Animais e Rinhas, previstas no Projeto de Lei do Senado 236/12 (Novo Código Penal), e DESCRIMINALIZOU CONDUTAS TIPIFICADAS COMO CRIME pelos juristas ( Abandono, Transporte Inadequado e Omissão de Socorro).

O Senador ignorou inclusive a Pesquisa do DATASENADO que concluiu que 85% dos brasileiros querem que ABANDONO DE ANIMAIS seja crime.

PÁGINA DO SENADOR
https://www.facebook.com/pedrotaques

Mais de 300 chimpanzés explorados em pesquisas são libertados, por Vinicius Siqueira


Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Este ano foi surpreendente para os primatas dos Estados Unidos. Em junho, o Departamento de Pesca e Vida Selvagem propôs uma regra que estenderia a proteção de animais à chimpanzés em cativeiro, os classificando, assim, como seus semelhantes não capturados, como espécie dentro do Ato de Espécies em Perigo. As informações são do One Green Planet.
Após isso, nove babuínos, com idade entre 13 e 23 anos, foram finalmente removidos de suas celas em laboratórios e enviados para a Born Free USA Primate Sanctuary, um santuário de primatas em que eles poderão passar o resto de suas vidas em paz, liberdade e conforto.
Juntamente com esta vitória, outra pode ser celebrada. Na última semana, o Presidente Obama assinou o Ato pela Melhoria da Saúde, Manutenção e Proteção de Chimpanzés como uma lei, o que facilita a transferência de quase todos os chimpanzés explorados em pesquisas para santuários.
A emenda apoiada tanto pelos democratas como pelos republicanos para o Ato de Serviço de Saúde Público acaba com as restrições de gastos do Instituto Nacional de Saúde (NIH) para os cuidados com chimpanzés libertados do abuso em pesquisas. De acordo com o National Journal, uma lei de 2000 destinou 30 milhões de dólares para os cuidados dos chimpanzés “aposentados” de pesquisas, para que, com esses fundos, pudessem viver em santuários livremente, entretanto este limite foi ultrapassado em novembro deste ano.
Chimpanzés no Chimp Heaven, um santuário em Luisiana, se penteando e brincando. (Foto: Reprodução)
Chimpanzés no Chimp Heaven, um santuário em Luisiana, se penteando e brincando. (Foto: Reprodução)
Conforme matéria publicada pela ANDA, 50 chimpanzés permanecerão com o NIH, o que mancha a libertação dos outros 310 chimpanzés, que serão finalmente enviados para santuários nos EUA nos próximo cinco anos. Os fundos federais serão dados a estes santuários para ajudá-los a expandir e cuidar dos novos chimpanzés residentes. O montante dos fundos terá o custo relativo a metade dos gastos quando os animais estavam confinados nas bases do NIH.
Segundo o diretor do Instituto, Francis S. Collins, ao comentar sobre o acontecimento para a Aljazeera America, “novos métodos científicos e tecnologias fizeram chimpanzés utilizados em pesquisas serem largamente desnecessários”. Um estudo de 2011 feito pelo Instituto de Medicina retorna a essa afirmação, com uma conclusão similar de que há “redução da necessidade da ciência” deste animais para estudos diversos.
O novo ato proporciona um razão para celebrar e ter esperanças de que num futuro próximo será possível ver o fim de toda a pesquisa com chimpanzés nos Estados Unidos e no mundo.
(Foto: Divulgação)
Foto: Reprodução
Entenda o caso
Após anos de confinamento e exploração em pesquisas, os chimpanzés do Instituto Nacional de Saúde seriam libertados e finalmente poderiam viver suas vidas em paz, em santuários nos Estados Unidos. Entretanto, uma polêmica girou em torno do custeamento destes animais. Os fundos destinados aos chimpanzés, firmados após a lei de 2000 já citada, estavam se esgotando e, sem novas concessões ou aberturas de fundos, nada poderia ser feito para a realocação destes animais.
Até o momento, 60 chimpanzés declarados “permanentemente inelegíveis para pesquisa biomédica” estavam aguardando a decisão presidencial em laboratórios do Centro de Pesquisas New Iberia.
As ações pró-primatas eram apoiadas por democratas e republicanos, o que facilitou o trâmite pela Casa e a aprovação de uma solução em conjunto com o presidente da república, que precisava aumentar os fundos para a realocação e cuidados de chimpanzés em santuários dos Estados Unidos.
ANDA 

Brasil terá primeiro santuário de elefantes da América Latina



Um grupo de americanos e brasileiros começaram nesta semana as primeiras ações para criar no Brasil o primeiro santuário de elefantes da América Latina e, assim, dar refúgio e uma nova liberdade a dezenas destes animais selvagens criados em cativeiro.
Scott e Katherine Blais, cofundadores do maior santuário de elefantes dos Estados Unidos, viajaram nesta semana ao Brasil para decidir onde ficará o santuário de elefantes do país, um projeto sem fins lucrativos que permitirá acolher cerca de 40 animais.
Em entrevista à Agência Efe, Scott Blais assegurou que "a América Latina tem uma das legislações em proteção de elefantes mais avançadas do mundo", já que cinco países proíbem que estes animais sejam utilizados para espetáculos. Essa lista deverá incluir, em breve, o Brasil, que tem uma nova legislação pendente de votação.
Os Estados Unidos, no entanto, seguem permitindo que os elefantes sejam utilizados em circos e outros espetáculos, apesar de organizações de proteção dos animais criticarem a crueldade à qual se submete estes animais de grande inteligência.
Apesar de as novas leis a favor de elefantes na América Latina, os animais carecem de lugares apropriados para viver. Por conta disso, continuam reclusos em pequenos espaços, com má alimentação ou encadeados, algo que mudará com os quase 600 hectares que poderão desfrutar uma vez que o projeto do santuário de elefantes do Brasil se materialize.
Com a colaboração de Elephant Voices no Brasil, os responsáveis do projeto esperam conseguir, em breve, os recursos privados necessários para habilitar uma grande extensão de terreno no coração do país e dar um habitat de semiliberdade aos elefantes.
Scott Blais assegurou que já conseguiram um compromisso para dispor de um grande terreno no Brasil e que conquistaram avanços com grandes empresas locais para que forneçam o material do grande cercado que será necessário para mantê-los seguros.
"O Brasil é o lugar ideal. Graças ao clima os elefantes poderão se movimentar em liberdade durante todo o ano e não teremos que levantar edifícios para protegê-los do frio no inverno", explicou Blais.
"É incrível os avanços registrados no comportamento destes animais uma vez que desfrutam do espaço necessário. A melhora física e psicológica é impressionante", disse Katherine.
Os especialistas estimam que em 12 anos não restem mais elefantes em liberdade devido à diminuição de seu habitat tradicional na África e na Ásia e as constantes capturas por marfim ou uso humano. Lugares como esse, alertam os estudiosos, serão os últimos redutos para refugiar estes grandes animais.

Visitem o site - SANTUÁRIO DE ELEFANTES - http://santuariodeelefantes.org.br/ 

Comportamento e adestramento: afinal, qual é a diferença?

                                       Dr. Marcel Pereira
  É médico veterinário e mestre em medicina veterinária pela Faculdade de Mecina Veterinária e Zootecnia / USP. Atualmente trabalha como terapeuta canino, reabilitando cães com problemas comportamentais. 
Especialista explica como os cães pensam e a melhor forma para evitar problemas comportamentais

Por vezes, quando estou conversando com pessoas nos parques ou mesmo quando estou acompanhando alguns casos, percebo que as pessoas têm muita dificuldade em entender o que faço. A maioria, quando vê que seu cachorro está com algum problema, acredita que precisa chamar um adestrador para resolver. Mas o que eles não percebem é que, na maioria das vezes, o problema não é o cão, mas sim, os próprios donos. E é exatamente nesse ponto em que atuo.

O adestramento é a utilização de diversas técnicas para condicionar o animal em determinadas situações. Nas novelas, comerciais de televisão e filmes, praticamente tudo o que os cães fazem é baseado no condicionamento. Não é nada difícil condicionar um cão para dar a pata utilizando a técnica do reforço positivo: você dá o comando “mão”, por exemplo, e, quando ele der a pata você o recompensa com um petisco. Outro exemplo é dar um “não” toda vez que o animal tentar fazer algo errado. Nas duas situações, após algumas repetições, o animal estará condicionado.

Trabalhar com o comportamento é entender o que é normal ou não para os cachorros e buscar soluções naturais para os desvios comportamentais. É buscar o equilíbrio na relação entre o homem e o cão. Cães equilibrados raramente apresentam problemas comportamentais, além de serem mais facilmente treinados. Mas o que deve ter um cão para ser equilibrado?

Um animal equilibrado é aquele que tem todas as suas necessidades preenchidas diariamente. Além de água, comida, carinho e cuidados com a saúde, deve ter atividades físicas rotineiras e desafios psicológicos frequentes. O problema é que costumamos humanizar os cães, e costumamos mimá-los e tratá-los como nossos filhos – e é aí que os problemas aparecem.

Costumamos dar prioridades para as coisas erradas – achamos que dar carinho é a melhor forma de agradar a um cão, ou para nos desculparmos pela falta de atenção durante o dia, damos um petisco super saboroso. Esquecemos que, na natureza, os cães não recompensam os demais da matilha com petiscos e nem com carinho. 

Eles vivem o momento, compartilham a comida que levaram um ou dois dias para caçar, ensinam uns aos outros a hierarquia da matilha e migram juntos. Enfim, têm uma vida repleta de atividades e aprendizados constantes – fatores importantes para manter o equilíbrio no grupo. 

Porém, quando nós os domesticamos, geralmente falhamos em dar continuidade em seu estado de equilíbrio – paramos de dar limites aos seus comportamentos, esquecemos de disciplinar com as regras do grupo e não oferecemos atividades físicas e desafios mentais. Qualquer semelhança com as crianças mimadas que observamos atualmente é mera coincidência.

Portanto, se você está com problemas com seu cão, pare, pense e veja onde é que você está errando. Os comportamentos indesejados que ele está demonstrando, provavelmente, são apenas reflexos da vida que você está oferecendo a ele. Cães equilibrados, que passeiam rotineiramente, que têm regras e limites bem claros e que são muito bem cuidados, raramente, apresentam problemas comportamentais.
FONTE: PETMAG

Estudos comprovam que animais tem sentimentos

Vários estudos científicos têm comprovado que, à semelhança dos seres humanos, algumas espécies animais têm consciência da morte do outro e fazem o seu luto. Sozinhos ou em grupo, expressam a dor pela perda do outro e, em alguns casos, o sofrimento é tanto que acabam também morrendo. Em alguns animais foram mesmo observadas lágrimas nos olhos, nesses momentos de dor.

Duas pesquisas publicadas no Current Biology, em abril deste ano, referem que os chimpanzés têm consciência da morte, tal como nós. Foram observadas mães-chimpanzés a carregarem o corpo dos seus bebês durante vários dias, até estes mumificarem. Um dos trabalhos descreve os últimos momentos de Pensy, uma fêmea com mais de 50 anos que vivia no Safari Park de Blair Drummond, na Escócia. O grupo de  chimpanzés manteve-se sempre próximo dela, silencioso e tentando reconfortá-la. Quando Pensy morreu, a filha, Rosie, e os outros indivíduos do grupo abanaram-lhe a cabeça e os ombros, como que querendo acordá-la. Foram dormir mais tarde e evitaram os locais por onde Pensy parava.


Os elefantes experimentam muitas sensações semelhantes às dos seres humanos, destacando-se, no mundo animal, pela tristeza e dor que expressam quando perdem um companheiro. Enquanto que a maioria das espécies não hesita em deixar para trás um elemento do grupo doente ou moribundo, os elefantes são incapazes de o fazer, rodeando-o de mil e uma atenções. Quando esse membro do grupo morre, tentam levantá-lo, com a tromba e as patas, mas quando percebem que morreu, ajoelham-se junto ao corpo e choram a perda. Foram ainda registrados casos em que elefantes bebês que assitiram à morte da progenitora acordam a gritar.


Pete Wedderburn, um médico-veterinário com mais de 25 anos de experiência, conta no seu blog que os cães ficam deprimidos com a morte de um companheiro (seja este um animal ou um ser humano), podendo ficar mais quietos e perder o apetite. Este médico-veterinário aconselha a levar o animal a passear mais vezes, especialmente em locais onde possa interagir com outros cães. Em alguns casos, embora seja raro, poderá ser necessário administrar-lhe anti-depressivos.

Também os gatos mostram sinais de dor pela perda de um companheiro (seja este outro gato, um cão ou o tutor). Nos primeiros tempos, percorrerem os locais por onde o parceiro andava, à sua procura, e miando baixinho, como se estivessem chorando. Sarah Hartwell, no site MessyBeast, conta o caso de dois gatos, cujo tutor morreu, que reagiram de forma diferente a essa perda. Ambos deixaram comer, mas depois de o médico-veterinário lhes ter administrado medicamentos que estimulam o apetite, um deles recuperou, enquanto o outro continuou sem apetite e morreu. Alguns investigadores consideram que os gatos têm a mesma percepção da morte que as crianças de tenra idade, ou seja, não têm consciência de que a morte é um estado permanente.

Marc Bekoff, num artigo publicado na Psychology Today, conta que dois cientistas assistiram à dor de um grupo de lobos devido à perda da fêmea omega, Motaki, morta por um leão. Desde então, nunca mais uivaram em grupo, choravam sozinhos. Ficaram deprimidos, caminhando lentamente, com as caudas e as cabeças baixas, até ao local onde Motaki foi morta. Só seis semanas mais tarde, a vida da alcateia voltou à normalidade. Também as raposas já foram observadas a protagonizar rituais funerários.

Fonte: ANDA






Deficiente visual mantém cão guia cego como pet


    Opal (à esq.) é a responsável por auxiliar seu dono e também seu ex-cão guia, Edward
   Crédito: Reprodução/ Daily Mail


O labrador Edward perdeu a visão devido a um problema de catarata, mas seu dono adotou outro cão para guiar ambos
A cumplicidade entre o labrador Edward e seu dono Graham Waspe vai muito além daquela construída pelo fato do cachorro ter sido o seu guia ao longo de seis anos. Os dois se tornaram tão amigos que mesmo depois que o animal perdeu a visão e precisou ter seus dois olhos retirados o britânico decidiu mantê-lo como pet.
De acordo com o jornal Daily Mail, como Graham ainda precisava de um novo guia, ele acabou adotando a labradora Opal para ajudá-lo e também a Edward. Em entrevista à publicação o britânico contou que sentiu-se devastado com a notícia de que um quadro severo de cataratafez com que seu amigo leal também perdesse a visão.
    Edward (à esq.) foi cão guia durante seis anos, cargo hoje ocupado pela cadela Opal
    Crédito: Reprodução/ Daily Mail

Felizmente, a adaptação de Edward foi completa, tanto que o animal pôde até ajudar sua nova colega nas atividades de cão guia. Também é comum ver os dois cães saindo para brincar juntos. Ainda segundo a publicação, Opal chegou em sua nova residência, em Suffolk, Inglaterra, em novembro de 2010, e levou pouco mais de um mês para se adaptar.
Agora, a labradora de dois anos, aos poucos, vai conquistando sua reputação no bairro, uma vez que Edward já é um velho conhecido de todos. Isso porque seu dono costuma dar palestras sobre a importância do trabalho dos cães guia e sempre leva os animais junto.

“Opal tem sido ótima para nós dois. Não sei o que seria de mim e de Edward sem ela”, declarou Graham ao Daily Mail. O britânico contou ainda que faz quatro meses que Edward está aposentado, mas permanece com o mesmo espírito brincalhão de sempre.

Fonte: PETMAG

Objeção de Consciência


Qualquer estudante, funcionário ou professor pode requerer um ensino ético, em que não haja o uso de animais, através da Carta de Objeção de Consciência.
Este é um direito previsto pela Constituição brasileira e pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, o qual o Brasil é signatário. Caso alguma atividade não esteja de acordo com a consciência do indivíduo e não seja obrigatória por lei, este pode objetar-se.
Seja no curso de Psicologia, Ciências Biológicas, Medicina, Veterinária, entre outros, é possível aprender de forma ética, como por exemplo através de modelos, simuladores, filmes e vídeos interativos, realidade virtual, auto-experimentação, estudos de observação de casos reais (em que os animais realmente precisam de cuidados), experiências com células in vitro, uso de cadáveres de animais que morreram de forma não-induzida, etc. Dessa forma, os(as) alunos (as) aprendem sem escravizar os animais.
Esta carta é um recurso muito valioso na luta pela abolição da escravidão.
O ensino ético sequer prejudica o aprendizado. Grandes universidades, e a maioria delas, européias e norte-americanas e universidades de ponta não mais ensinam explorando os animais. De forma alguma os(as) estudantes de lá aprendem menos que o ensino tradicional escravocrata.
Segue abaixo o modelo da Carta de Objeção de Consciência que você estudante poderá entregar a seus professores e professoras solicitando o ensino ético. Editada da Interniche Brasil. Esta carta deve pode ser entregue pessoalmente ao Professor(a), neste caso entregue uma cópia e fique com outra para você (peça para ele(a) assinar a sua cópia). A carta também pode ser entregue por e-mail. Neste caso, envie uma cópia para seu e-mail também. Isto ajuda caso tenha que entrar com uma ação legal requerendo um ensino ético.
[UNIVERSIDADE...]
[CENTRO...]
[CIDADE e DATA]
De:
Para: Professor 
Assunto: Uso de animais para finalidades didáticas (vivissecção)
Caro Professor _____________,
Gostaria de respeitosamente informar-lhe que seria uma violação de minha postura pessoal e ética participar de qualquer atividade que envolva o uso de animais para finalidades didáticas. E isso inclui minha participação nas práticas exigidas pela disciplina de __________________, da __ª fase desta instituição, na qual o Professor propõe o uso de ______________ para estudo de ____________________ em aulas práticas.
Por isso, venho praticar meu direito à Objeção de Consciência (1), garantida pela legislação internacional de direitos humanos, conforme se verifica no artigo 18, primeira parte, da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembléia Geral das Nações Unidas, em 1948, da qual o Brasil é signatário:
“Todo homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião”.
O Professor pode perceber que a objeção de consciência faz parte do conjunto de direitos e garantias do ser humano que tem por finalidade básica o respeito à sua dignidade, por meio de sua proteção contra o arbítrio do poder estatal e o estabelecimento de condições mínimas de vida e desenvolvimento da personalidade humana.
Direito este também redigido pela Constituição da República Federativa do Brasil, Capítulo I Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos, de 1988, que afirma:
Artigo 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza [...],
nos termos seguintes [...]:
VIII – ninguém será privado de direitos por motivos de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei.
Visto que é um direito fundamental do ser humano, que venho exercê-lo agora, não só estou defendendo os direitos dos animais, como também venho defender um direito meu, pois discordo das maneiras como o Professor pretende cursar suas aulas práticas e estou disposta a substituí-las por uma outra metodologia em que não ocorra a escravização dos animais.
Além disso, posso discorrer sobre a Lei 9.605, que entrou em vigor no dia 30 de março de 1998, cujo grande mérito foi o de assegurar os direitos dos animais transformando em crime práticas de vivissecção em todo território nacional, caso não sejam adotados métodos alternativos, conforme seu artigo 32, §1°:
Artigo 32: Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais ilvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 1º – Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
§ 2º – A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.
E ainda temos A lei federal nº 6.638, de 08 de maio de 1979 que veda a vivissecção (artigo 3°) nas seguintes hipóteses:
a) sem o emprego de anestesia;
b) em centros de pesquisas e estudos não registrados em órgão competente;
c) sem a supervisão de técnico especializado;
d) com animais que não tenham permanecido mais de 15 (quinze) dias em biotérios legalmente autorizados;
e) em estabelecimentos de ensino de 1º e 2º graus e em quaisquer locais
freqüentados por menores de idade.
Posso acreditar então, que o uso de animais abandonados nas ruas, como o Professor pretende, é crime e compreende pena de dez dias a um mês ou multa, conforme o artigo 64, § 1° da Lei das Contravenções Penais.(OBS.: MANTER ESTE ARGUMENTO NO CASO DE ANIMAIS RETIRADOS DAS RUAS, CASO SEJAM CRIADOS EM BIOTÉRIOS, RETIRAR)
Com o advento de materiais de software, realidade virtual, modelos anatômicos fabricados especialmente para o exercício dessas práticas ou até mesmo a utilização de cadáveres quimicamente preservados, muito utilizados pela USP, posso adquirir o conhecimento que a disciplina exige nesse semestre. A USP (Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia) adota o método Laskowski, que consiste no treinamento de técnica cirúrgica em animais que tiveram morte natural, a UNIFESP utiliza ratos de PVC nas aulas de microcirurgia, a UNB utiliza simulação computadorizada, a FMUZ utiliza cultivo de células vivas, etc. Existem vários estudos comprovando a seriedade de tais materiais e demonstrando que ao seguir esses métodos, o aluno aprenderá tanto quanto se utilizassem modelos vivos. (OBS.: ENTRAR EM CONTATO COM A WWW.INTERNICHEBRASIL.ORG PARA SABER DOS MODELOS ÉTICOS)
Ao contrário do que muitos pensam, esses materiais não são caros e podem ser conseguidos facilmente. Podem ter um custo mais elevado em curto prazo, mas como são modelos facilmente conserváveis, podem ser utilizados muitas vezes, por todos os alunos que cursarem a disciplina, o que abrange um maior número de pessoas e garante o conhecimento adquirido, já que permite ao aluno praticar novamente o estudo quantas vezes achar necessário.
Acredito que a utilização de animais em aulas práticas de nossa Universidade não deveria ocorrer da maneira como vêm acontecendo. Os animais têm direitos e é preciso respeitá-los. Animais são seres sencientes, capazes de sentir dor, assim como nós humanos. Por isso, eles têm o interesse básico de não sentirem dor e não serem tratados como objeto e propriedade.
Outro motivo relevante é a dessensibilização estudantil, que se caracteriza, principalmente, pelos alunos terem os animais como máquinas e os usarem como lhes convêm. Essa situação é muito comum na(UNIVERSIDADE) e deve sofrer modificações. Cursamos a faculdade de (CURSO) e devemos perceber os animais como criaturas passíveis de dor e desejos assim como nós, e não como meros seres, objetos de estudo e meios para se elevar na carreira profissional. Os animais não podem ser escravizados.
Sei que existem outras pessoas que não concordam com suas aulas práticas, mas que não se expõe por medo de suas represálias ou de professores futuros. Decidi realizar esse pedido formalmente porque sei que meus direitos são assegurados pela Constituição e que não sofrerei penalidades por acreditar nos direitos animais e no fim da escravidão animal, pois seria um equívoco ético se eu não me opusesse à vivissecção.
Afirmo novamente que estou disposto/disposta a procurar estudar o assunto através de algum outro método que não seja este proposto pela disciplina. Solicito encarecidamente que este assunto abordado pela disciplina possa ser acessado através de métodos éticos ou de qualquer outra atividade que não envolva o uso de animais, garantindo assim que minhas convicções éticas sejam respeitadas e que não seja prejudicada no conteúdo da disciplina. Para tanto, me disponibilizo a procurar me informar dos métodos éticos ou atividades que possam vir a substituir tais práticas.
Gostaria de obter uma resposta por escrito, se possível.
Obrigada pela atenção e compreensão,
NOME E ASSINATURA
CONTATO
(1) Bárbara Giacomini Ferrari, em sua monografia Experimentação Animal: Aspectos Históricos, éticos, legais e o direito à objeção de consciência, apresentada à Faculdade de Direito da Instituição Toledo de Ensino, conceitua “a objeção de consciência como sendo o comportamento individual e não violento de rechaço ao cumprimento de dever legal por motivo de consciência, com intenção imediata de alcançar isenção pessoal, a qual pode, ou não, vir a ser reconhecida pela ordem jurídica mediante a conciliação das normas jurídicas em conflito. (…) A objeção de consciência distingue-se da Desobediência Civil à medida que, por meio desta, primeiramente, busca-se persuadir as autoridades da necessidade de reforma normativa ou de mudança da política governamental. Busca-se, também, convencer a opinião pública, e, assim, trata-se de um recuso pedagógico das minorias para o esclarecimento das maiorias”.
Fonte: Gato Negro