Cirurgia de reconstrução facial agora é realizada em animais


Um dos pacientes que passou por uma operação de cinco horas na Califórnia (Foto: Divulgação)
A cadela Kabang que passou por uma operação de cinco horas na Califórnia 
em 2011 (Foto: Divulgação)
A cadela Mischa, de 7 anos, teve a mandíbula atingida por uma hélice depois de correr na frente de um pequeno avião particular. Seus tutores rapidamente levaram o animal ferido ao hospital veterinário da Universidade da Califórnia, em Davis.
Ela teve sorte. Havia apenas um lábio cortado e alguns dentes quebrados – ferimentos relativamente simples em comparação aos muitos outros que os veterinários Boaz Arzi e Frank Verstraete tratam. Segundo informações do The New York Times, os dois são especialistas em reconstrução maxilo facial e cuidam de animais com cabeças partidas, rostos amassados, tumores desfigurantes e mandíbulas deslocadas.
“No passado, muitos desses animais teriam suas mortes induzidas. Nós temos como tratá-los”, disse Verstraete. Agora, animais como ela estão passando por cirurgias reconstrutivas tão sofisticadas quanto as disponíveis na medicina humana: substituições de articulações, enxertos de pele e ossos, reparos de ligamentos e até mesmo cirurgias de nariz – o último recurso para raças de focinho curto, como os pugs e gatos persas.
O fato de que cada vez mais animais estarem passando por cirurgias desse tipo, deriva em parte dos avanços tecnológicos e da crescente presença de especialistas na área veterinária. Também é uma consequência de que os animais estão vivendo por mais tempo. Chegar aos 70 anos, mesmo na idade equivalente canina, aumenta as chances de câncer e outras doenças que exigem tratamento cirúrgico.
Entretanto, os veterinários dizem que o principal motivo é a demanda dos tutores que consideram os animais como membros da família – e estão dispostos a gastar.
Christi Voelker, um consultora da Filadélfia, e o marido gastaram US$ 15 mil em uma série de cirurgias para tratar um câncer de rosto do qual sofre Ace, seu cão de 7 anos. “O Ace é basicamente nosso filho e, por isso, decidimos cuidar dele”, disse Voelker, de 29 anos.
O cachorro da família tinha um tumor logo abaixo do olho. Como se trata de um tipo de tumor invasivo, John R. Lewis, veterinário da Universidade da Pensilvânia, retirou o tecido de grande parte da bochecha e do maxilar do animal para se certificar de que todas as células cancerígenas tinham sido removidas.
Em seguida, John extraiu uma porção de pele do pescoço de Ace e a usou para cobrir o buraco que tinha sido criado. Foi necessária uma segunda cirurgia para fechar uma grande ferida no céu da boca do animal. Agora, 17 meses depois, a única marca da cirurgia realizada é a mudança na direção do crescimento do pelo do seu rosto: ele agora cresce em direção aos olhos, e não para baixo.
Outro caso surpreendente foi a de uma cadela de um vilarejo nas Filipinas que sofreu uma lesão ao se jogar em uma motocicleta que estava prestes a atropelar a sobrinha e filha de seu tutor. Em 2011, Kabang salvou as meninas, mas a moto arrancou seu focinho superior, deixando um buraco do tamanho de um punho no centro de seu rosto. O ato de heroísmo foi manchete no mundo inteiro e ela foi levada para a Universidade da Califórnia para a cirurgia reconstrutiva, com a ajuda de uma campanha que arrecadou mais de US$ 20 mil.
Em uma complicada operação de cinco horas, os cirurgiões puxaram retalhos de pele da parte superior e dos lados de sua cabeça para fechar a ferida e formaram dois buracos que funcionam como narinas. Ela tem a aparência estranha, mas “os cães não se olham no espelho”, disse Verstraete.
A tecnologia avançou, mas os veterinários submetem os animais a estes procedimentos complicados e dolorosos somente se houver grande chance de sucesso. Cada caso tem suas particularidades e são estudados e analisados minuciosamente.
Relembre o caso de Kabang:


ANDA

Um rasgo na floresta



Em 27 de agosto de 1972, o então presidente da República, Emílio Garrastazu Médici, inaugurou aquele que seria o símbolo maior de uma visão desenvolvimentista equivocada: a transamazônica. Com 4.223 km de extensão, a rodovia dos generais foi planejada e vendida ao público como um instrumento de desenvolvimento para a região, um canal por onde escoaria a abundância e o progresso. Passados 40 anos, a estrada dos ombros estrelados transformou-se apenas num mar de lama e pó, por onde navegam aglomerados de miséria, crime e descaso.

Mesmo diante de 4.223 km de exemplos, alguns brasileiros ainda insistem no discurso que privilegia o progresso a qualquer custo. O alvo da vez é uma estradinha de 17 km de extensão. Pequena em tamanho, porém gigantesca em riscos ambientais – caso se leve adiante a insanidade – a Estrada do Colono, no estado do Paraná, poderá se transformar no atual símbolo da ganância e da incapacidade brasileira de lidar com o seu rico patrimônio natural.

Aberta no início de 1930, nunca chegou a ser asfaltada. A Estrada do Colono atualmente não passa de uma pequena trilha que liga as cidades de Serranópolis do Iguaçu e Capanema. Sua importância está no fato de que ela atravessa uma das maiores e mais importantes reservas de Mata Atlântica do Brasil: o Parque Nacional do Iguaçu. Com quase 186 mil hectares, o parque criado em 1938, concentra em seus limites uma riquíssima biodiversidade, incluindo espécies endêmicas, que só podem ser encontradas ali. Também é um santuário para as onças pintadas e diversas espécies de aves ameaçadas de extinção. Abrir uma estrada cortando o parque significa muito mais do que fazer um rasgo na floresta. Será, acima de tudo, um enorme e irreparável atentado à biodiversidade da região. Será, além de um ato insano, um rasgo da Constituição Federal.

A guerra pela consolidação da Estrada do Colono é antiga. Uma ação do Ministério Público Federal fechou a estrada em 1986. No ano seguinte, uma tentativa de reabertura mobilizou até o exército. Em 2001 veio o fechamento definitivo. Em 2003, uma nova tentativa de invasão e reabertura da estrada foi comandada por líderes políticos e fazendeiros da região.

O golpe maior vem agora, na forma de um projeto de Lei do deputado federal petista Assis do Couto. O parlamentar conseguiu aprovar na Câmara Federal o PL 7123/2010, que institui a Estrada-Parque Caminho do Colono. O PL encontra-se no Senado Federal e a qualquer momento poderá ser aprovado, efetivando dessa forma mais do que um atentado ambiental. A aprovação desse projeto de Lei no Senado será um salvo conduto para que outras iniciativas parecidas sejam implementadas no Brasil.

Diversas organizações ambientais estão mobilizadas no sentido de impedir a aprovação dessa lei retrógada e oportunista. Um grupo de ONGs ambientalistas entregou ao Senado Federal uma Cartilha onde demonstra claramente os riscos e as nefastas consequências da abertura da Estrada do Colono. Para acessar a Cartilha, CLIQUE AQUI.

A situação dos parques nacionais brasileiros já é calamitosa demais para receber mais esse golpe. Sem estruturas físicas adequadas, sem investimentos e, sobretudo, sem fiscalização, essas áreas de conservação são constantemente vítimas do descaso do governo federal, o que resulta em permanente degradação ambiental. O Ministério do Meio Ambiente, cada vez mais relegado ao ostracismo, assiste calado o que se passa no parlamento.

Cada vez mais se faz necessário a atenção e a efetiva participação da sociedade brasileira na conservação dos recursos naturais do país. Só indignação não é mais o suficiente frente aos desmandos cotidianos. É necessário ação, participação. A internet, as redes sociais e a pressão sobre os parlamentares é fundamental para impedir que os degradadores ambientais façam a sua festa nas estradas pelo país afora. Manifestemo-nos!


Estadão

Fábrica na China seria "o maior abatedouro de espécies em risco de extinção do mundo"




Foto tirada em 26 de julho de 2011 mostra tubarões abatidos em fábrica de Pu Qi, na China (Foto: CHINA OUT/AFP Photo)
ONG denuncia grande fábrica de processamento de tubarões na China
Local no sul da China processa mais de 600 tubarões-baleia por ano.
Animais são usados para a produção de óleo de tubarão para a saúde.

Uma fábrica que processa cerca de 600 tubarões-baleia por ano foi encontrada no sul da China, de acordo com o grupo ambientalista WildLifeRisk, que chamou o local de "o maior abatedouro de espécies em risco de extinção do mundo".

O grupo, com base em Hong Kong, disse que descobriu a fábrica na cidade de Pu Qi, na província de Zhejiang, depois de uma investigação de quatro anos. Segundo a organização, os tubarões são mortos e processados principalmente para a produção de óleo de tubarão para suplementos de saúde.

Um vídeo feito pelo grupo mostra trabalhadores cortando as grandes barbatanas traseiras de tubarões-baleia e outras espécies de tubarão.

"Como essas criaturas inofensivas, esses gigantes gentis das profundezas, podem ser mortos em uma escala industrial não dá para acreditar", afirmou a WildLifeRisk em uma declaração enviada à agência France Presse. "É ainda mais inacreditável que toda essa carnificina ocorra em nome de produtos não essenciais para a vida, como batons, cremes faciais, suplementos para a saúde e sopa de barbatana de tubarão."

A fábrica também trabalha com outras espécies de tubarões, incluindo o tubarão-azul e o tubarão-elefante, e produz 200 toneladas de óleo de tubarão por ano. A informação foi dada pelo próprio dono da empresa, identificado apenas como Li, no vídeo. Ele também diz no vídeo que precisava "contrabandear" pele de tubarão-baleia para fora do país.

Em outra parte do vídeo, um homem identificado com o irmão de Li diz que as peles dos tubarões-baleia são exportadas para países europeus, como Itália e França, onde são usados por restaurantes chineses.

Tubarões-baleia medem até 12 metros, mas são inofensivos para humanos, alimentando-se somente de minúsculos animais marinhos. Eles estão na "lista vermelha" das espécies em perigo estabelecida pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).

Eles também estão listados na Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies em Perigo de Extinção da ONU (CITES, na sigla em inglês), o que significa que os países têm de provar que qualquer exportação deriva de uma população gerida de forma sustentável.

 Funcionário carrega tubarão abatido em fábrica de processamento de tubarões (Foto: CHINA OUT/AFP Photo)Funcionário carrega tubarão abatido em fábrica de processamento de tubarões (Foto: CHINA OUT/AFP Photo)
Funcionário carrega tubarão abatido em fábrica de processamento de tubarões (Foto: CHINA OUT/AFP Photo)Funcionário carrega tubarão abatido em fábrica de processamento de tubarões (Foto: CHINA OUT/AFP Photo)
 Chineses trabalham com barbatana de tubarão em fábrica (Foto: CHINA OUT/AFP Photo)Chineses trabalham com barbatana de tubarão em fábrica (Foto: CHINA OUT/AFP Photo)
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Trabalhador retira pele de tubarão em abatedouro encontrado por grupo ambientalista (Foto: CHINA OUT/AFP Photo)Trabalhador retira pele de tubarão em abatedouro encontrado por grupo ambientalista (Foto: CHINA OUT/AFP Photo)
Fábrica retira pele de tubarões na China (Foto: CHINA OUT/AFP Photo)
G1

Acusados erroneamente, menos de 1% dos gatos transmitem toxoplasmose

Em Campo Grande, o debate sobre a toxoplasmose percorreu as redes sociais na última semana. Protetores de animais se indignaram com o número de gatos abandonados nas ruas após o termo “doença do gato” ter sido utilizado por meios de comunicação da Capital.
(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)
A toxoplasmose é uma doença infecciosa causada pelo Toxoplasma gondii, protozoário que pode se manifestar de forma assintomática na maioria dos casos. A doença popularmente passou a ser chamada de “doença do gato”, apesar de os felinos não estarem associados à maior causa de transmissão do protozoário. A expressão popular é um equívoco, segundo a veterinária Ana Lúcia Salviatto Andrade.
Após a causa da morte de uma jovem campo-grandense ter sido divulgada como em decorrência da suposta “doença do gato”, várias famílias amedrontadas não pensaram duas vezes antes de abandonar seus felinos nas ruas. “Na semana em que saiu a notícia, eu resgatei cinco gatinhos”, relata a estudante e protetora animal Bárbara Correa, de 25 anos. “Um estava para ser atropelado”. De acordo com Bárbara, eram animais visivelmente recém-abandonados. “Eles estavam com muita fome e eram superdóceis”, comenta. “Minhas conhecidas também notaram que aumentou o número de gatos nas ruas”.
A veterinária de Campo Grande Ana Lúcia esclarece que, apesar de gatos serem os hospedeiros da toxoplasmose, menos de 1% da população felina pode disseminar a doença.
Além disso, a maior contaminação acontece em decorrência de ingestão de carnes mal cozidas e verduras mal lavadas. “O índice de transmissão é muito maior por alimentos contaminados, mas o gato fica como o vilão da história”, argumenta. Para se infectar por meio dos gatos, a pessoa precisa ingerir as fezes secas do animal ou alimentos que tenham tido contato com esses dejetos. “As chances são mínimas”, conclui a veterinária.
Apesar de serem injustamente culpados por toda a disseminação da toxoplasmose, ainda é necessário ter cautela e prevenir a transmissão. “Eu uso luvas para manusear a caixinha de areia”, ensina Bárbara, que atualmente tem seis gatos em casa. A veterinária Ana diz que a melhor forma de não ter preocupações é realizar o exame de toxoplasmose. “Muitas vezes o gato é portador, mas não apresenta sintomas. Com o exame, é fácil descobrir e, caso o resultado seja positivo, é preciso tomar mais cuidados”, diz.
“Há pessoas que nem fazem o exame e abandonam o animal imediatamente, muitas vezes com recomendações de médicos. Não faz sentido”, analisa. A própria profissional se vê como exemplo de que não é preciso abandonar os felinos para se prevenir. “Eu sou veterinária, mexo com animais todos os dias, já passei por gravidez e não tive nenhum problema. O que eu fiz foi tomar precauções, como o uso de luvas e os exames”. A veterinária apela para que as pessoas se informem com um profissional antes de tomar decisões como abandonar um animal ou divulgar informações equivocadas. “Criou-se um mito em torno dessa doença”, finaliza.

Cientistas realizam testes in vitro para estudar a doença de Alzheimer


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Segundo o site The Nation, cientistas descobriram um modo para estudar as causas da doença de Alzheimer utilizando o teste in vitro, o que leva a um melhor entendimento de como as proteínas humanas sofrem mutações, além de substituir os testes em animais.
Cientistas britânicos apontam para as possibilidades deste método nos estudos biomédicos da proteína presenilina, que desempenha um papel na causa da doença de Alzheimer, generalizada entre os idosos. Um comunicado sobre o estudo realizado por pesquisadores da Royal Holloway University of London e do Instituto de Psiquiatria do Kings College, em Londres, foi publicado no Journal of Cell Science na sexta-feira.
Ele revela que este teste in vitro tornou-se essencial para a compreensão da função das proteínas humanas, cujas mutações estão associadas com o desenvolvimento de demência. Isso pode levar à criação de uma nova geração de tratamentos para esta doença incurável.
O Professor Robin Williams, um cientista da Royal Holloway, University of London, fala sobre a idéia de usar o método também na pesquisa médica da epilepsia: “Esta descoberta nos permite examinar o papel da proteína humana presenilina 1, sem o uso de testes em animais”, diz Williams.
Os animais são comumente explorados ​​em pesquisas de Alzheimer, o que significa que são submetidos às mais diversas formas de crueldades. Além disso, segundo o ponto de vista científico, tais experiências são problemáticas devido ao seu custo alto e também porque após a exclusão das proteínas, as células animais tornam-se inviáveis.
Já o teste in vitro, fornece uma fonte barata de pesquisa, porque pode ser cultivado em laboratório e usado como um organismo unicelular, ou na formação de um corpo de frutificação composto por cerca de 50 mil células.
Dr. Richard Killick, co- autor do artigo, do Instituto do Colégio de Psiquiatria King, afirma que “este trabalho mostra que podemos usar com sucesso este modelo simples para tentar entender melhor os papéis normais de outras proteínas e os genes envolvidos na doença de Alzheimer e outras formas de neurodegeneração”.

Pesquisadores rastreiam origem de câncer contagioso entre cães

Foto: Reprodução
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que existam 200 milhões de cães vagando sem tutor no mundo. O número representa um problema que ameaça não só o bem-estar humano como os próprios animais, expostos a diversas doenças. Um dos efeitos dessa reprodução descomedida é o tumor venéreo transmissível canino (TVT), espécie de câncer contagioso entre os animais (as células de um animal doente passam para outro, principalmente pelo cruzamento). Estudo publicado na revista Science conseguiu, enfim, mostrar a origem da mutação genética, que, segundo os resultados, persegue a espécie há pelo menos 11 mil anos.

A equipe de cientistas – liderada por Elizabeth Murchison, da Universidade de Cambridge (Reino Unido) e da qual participa o veterinário Andrigo Nardi, da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) – estuda há dois anos o genoma do TVT, um dos dois tipos de câncer transmissível conhecidos. “Alguns cânceres têm componente hereditário. A grande diferença do TVT é que ele sofreu uma mutação no passado e, em vez de morrer no animal, adquiriu o comportamento de transmissibilidade. Ele não é passado de geração em geração, mas sim pelo contato”, explica o veterinário Paulo Tabanez. Ele diz ainda que o TVT é um tumor maligno, que pode se deslocar de um órgão para o outro. No entanto, esses casos são raros.

A doença foi citada na literatura pela primeira vez em 1820 e descrita de forma mais detalhada em 1904. Durante 110 anos os estudos pouco avançaram. Elizabeth e sua equipe deram um grande salto na compreensão do mal. A análise do DNA do tumor indicou que os cânceres vieram todos de um único cão, que viveu, segundo estimativa, há 11.368 anos, muito antes da dispersão das raças pelo mundo.
Relógio molecular
Para o sequenciamento do genoma foram colhidas amostras do tumor e do DNA de dois animais, um na Austrália e um no Brasil. A análise revelou que os tumores compartilhavam quase 2 milhões de mutações de células somáticas, número 100 vezes maior que a carga média encontrada em anomalias humanas. “Ficamos fascinados com esse tumor, porque é o câncer mais velho a sobreviver continuamente na natureza. Estávamos ansiosos para usar esse genoma e saber mais sobre a origem e a história da doença”, conta a cientista ao Estado de Minas.
As amostras foram comparadas com as de um banco de dados com o DNA de 1.106 cães, lobos e coiotes. A idade estimada do câncer foi feita por análise de um tipo de mutação, uma espécie de “assinatura mutacional”, associada à idade do paciente, no caso o cão doente. Essa assinatura é um tipo de relógio molecular correlacionado ao número de mutações e à idade do câncer. A análise levou à estimativa de que o câncer apareceu há cerca de 11 mil anos em um cão de uma alcateia pequena, na qual os cães cruzavam entre si.
Esse animal tinha DNA de lobo e de cachorro e devia se parecer muito com o malamute-do-alasca, que apareceu há 4 mil anos na Ásia Oriental. Essa raça e o husky siberiano seriam os parentes mais próximos do portador original da mutação. No entanto, o DNA é mais semelhante ao do malamute. Os cientistas sabem até que o cão original tinha porte grande ou médio, com pelos curtos e retos e uma “manta” preta ou marrom nas costas. As orelhas eram eretas e a cabeça fina e alongada – descrição que lembra o malamute, mas pode corresponder a qualquer cão de grande porte do tipo spitz.
Além do TVT, o único exemplo de tumor transmissível conhecido é um que afeta a face do diabo-da-tasmânia, identificado em 1996 e conhecido pela sigla DFTD. Essa doença se espalhou rapidamente pelos animais da espécie, sendo muito mais agressivo que o TVT. Elizabeth, que cresceu na Tasmânia, conta que está interessada em sequenciar mais tumores transmissíveis caninos para compreender melhor a evolução e a propagação da doença.
Duas perguntas para…
Andrigo Barboza de Nardi, professor da Unesp e colaborador do estudo
1 – Esse é realmente o câncer do mundo natural mais antigo que se conhece?
Sim, a estimativa é de que essa célula tenha se originado há 11 mil anos, o que levou à ocorrência do tumor e à transmissão para outros cães em todo o mundo. No Brasil, a incidência de TVT já foi bem maior, mas graças a métodos efetivos de tratamento e à redução de animais com livre acesso à rua esse problema diminuiu.
2 – Qual é a importância de entender a origem e o genoma desse tumor?
São inúmeras. Uma célula que foi capaz de sobreviver durante 11 mil anos com certeza apresenta características especiais. Estudando que mecanismos permitiram a sobrevivência por tanto tempo dessas células ajudará a entender melhor as outras neoplasias que ocorrem em cães e até mesmo as que ocorrem em humanos.
Fonte: Em 

CCZ de Rio Branco firma parceria com Sociedade Protetora de Animais

Intermediar adoções e auxiliar no cuidado com os animais do Centro de Zoonozes. Ações que passam a ser desenvolvidas oficialmente por duas Associações Protetoras de Animais, a Amor a Quatro patas e a Patinha Carente, que firmaram parceria com a prefeitura de Rio Branco, por meio da secretaria Municipal de Saúde.
No Centro de Zooonozes, localizado na AC 40, são acolhidos, tratados e vacinais os animais retirados das ruas. (Foto: Assessoria)
No Centro de Zooonozes, localizado na AC 40, são acolhidos, tratados e vacinais os animais retirados das ruas. (Foto: Assessoria)
O prefeito Marcus Alexandre lembra que o Centro de Zoonozes acaba de ser reformado e conta agora com um Centro Cirúrgico para os animais. E com relação à parceria, cita que tudo o que “for feito para ajudar a proteger os animais é bem-vindo e nós vamos apoiar as feiras que essas instituições realizam”. A presidente da Associação Amor a Quatro Patas, Keiko Renato, afirma que mesmo antes da parceria oficial, a entidade já havia conseguido que 600 animais do Centro de Zoonozes, incluindo cães e gatos, fossem adotados nas feiras realizadas pela Associação. Keiko também agradeceu ao prefeito pelas novas instalações no Centro, que “agora tem uma estrutura adequada para o cuidado com os animais”.
Já a presidente da Associação Patinha Carente, Fernanda Onofre, conta que diariamente, dois voluntários da entidade vão para o Centro de Zoonoses ajudar no cuidado com os cães e gatos do local. Afirma ainda que o grupo vai em busca de doação de medicamentos e alimentos em casas agropecuárias, para reforçar o trato dos animais do Centro.
No Centro de Zooonozes, localizado na AC 40, são acolhidos, tratados e vacinais os animais retirados das ruas. No local atuam três veterinários e equipe técnica. E no sábado, o prefeito Marcus Alexandre também entregou ao Centro de Zoonozes, um carro novo, que servirá para o transporte de animais até o Centro.
Fonte: Contil Net

O Governador Geraldo Alckmin sanciona a lei que proíbe testes em animais






São Paulo, 23 de janeiro de 2014

O Governador Geraldo Alckmin acaba de sancionar lei que proíbe testes em animais para a produção de cosméticos, produtos de higiene pessoal, perfumes e componentes... O Projeto, de autoria do Deputado Estadual Feliciano Filho, é fruto de trabalho da Primeira Comissão Antivivisseccionista Brasileira, também criada pelo Deputado Feliciano e  contou com intenso ativismo das ONGS e por todos aqueles que se permitem entrar nas discussões morais, que consideram inaceitável  causar sofrimento ao mais fraco para  usá-lo em seu proveito.
Esta vitória  alcançada constitui um enorme passo histórico para a luta antivivisseccionista. Certamente vai abrir caminhos para outras conquistas que virão em favor da ética e do respeito devidos a todas as formas de vida.

Parabéns ao nosso Governador. Parabéns ao nosso Deputado . Parabéns a todos os protetores ativistas. Parabéns ao Estado de São Paulo. Hoje o Brasil cresceu!

Sônia Fonseca
Presidente do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal

Pastor da IGREJA UNIVERSAL, de SBC, agride cachorro no elevador



Caíque é pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Vizinhos contaram a um grupo de ativistas que ouvem agressões ao cachorro com frequência. A reportagem foi exibida no SBT Brasil.

Dalva Lina da Silva, acusada de matar 37 gatos e cachorros, é multada em 19 500 reais


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Dalva: se não pagar a multa, pode ter os bens confiscados (Foto: Reprodução)
O caso da dona de casa Dalva Lina da Silva teve mais um desdobramento recente. Para quem não lembra, ela foi acusada de se passar por protetora de animais e, após recolher cães e gatos, os matar com uma injeção no coração. O motivo da barbárie ninguém sabe qual é. Em janeiro de 2012, foram achados dezenas de corpos dentro de sacos de lixo em frente à sua casa na Vila Mariana (entenda melhor o que aconteceu aqui).
Dalva sofreu uma autuação em agosto do ano passado, mas como ela não foi localizada e seu advogado se recusou a receber o documento, a multa foi publicada no Diário Oficial em novembro. Ela deverá pagar um valor de 19 500 reais,baseado em uma resolução da Secretaria do Meio Ambiente que prevê 1 000 reais pelos maus tratos mais 500 reais por animal maltratado. Como a polícia encontrou 37 bichos mortos (33 gatos e 4 cachorros), chegou-se nesse montante.
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Foto feito por detetive contratado por ativistas: cadela com gravatinha sendo entregue para Dalva e a mesma cadela morta encontrada no lixo no dia seguinte (Foto: Edson Criado)
Ela não recorreu da multa. Se não pagar, será considerada devedora do Estado epode ter os bens confiscados.
Trata-se de uma multa por infração administrativa, dada pela PM Ambiental. Dalva ainda responde por um processo criminal na esfera penal. Nesse caso, a acusação propõe pena de 11 a 37 anos deprisão. Porém, é difícil prever o que o juiz decidirá. Caso ele opte pela sentença mínima, a dona de casa poderá sair dessa com pena de pouco mais de 100 dias, provavelmente substituída por trabalhos voluntários ou pagamento de cestas básicas.
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Protesto: revolta popular na casa da Vila Mariana após a repercussão do caso (Foto: Agência de Notícias de Direitos Animais)
VEJA

Documentos apontam condição insalubre e contaminação de beagles do Royal

USP, Unicamp e Unesp compraram os cães legalmente para testes de odontologia e disfunção erétil, entre outros

Quase três meses depois da invasão do Instituto Royal, quando ativistas retiraram 178 beagles do laboratório em São Roque, interior de São Paulo, o Ministério Público se aproxima de ter uma conclusão sobre as denúncias de maus-tratos contra os animais. O iG teve acesso a cópias dos relatórios da veterinária e do biólogo que foram convidados pelo órgão para fazer uma vistoria no local em 2012 e 2013, além de cópias de papéis – a que ativistas tiveram acesso em outubro – que mostram a contaminação dos cachorros por doenças por causa das “condições insalubres” em um dos canis.

Reprodução
Foto que consta no relatório de Sérgio Greif mostra beagles sobre as próprias fezes
De acordo com os documentos que constam no inquérito civil, que segue em segredo de Justiça sob supervisão do promotor Wilson Velasco Júnior, “o canil estoque” era o setor problemático dentro do Instituto Royal. O local abrigava os beagles que já tinham sido desmamados, mas ainda seriam usados em experimentos. Assinado em 18 de março de 2013 pelo biólogo Sérgio Greif, ativista dos direitos dos animais, o texto diz que o ambiente tinha condição “estressante e insalubre”.
Nesse ambiente, os beagles permaneciam em gaiolas dispostas lado a lado em salas fechadas, onde o odor de fezes e urina era forte. No relato, o profissional diz que era possível sentir o cheiro já no "meio externo", no pátio da recepção do Instituto. "O latido de um indivíduo incita todos os demais a latir, criando uma condição estressante e insalubre”, explica o profissional no documento.
“As gaiolas são colocadas a uma distância do chão, de modo a facilitar a limpeza, no entanto, por ocasião da inspeção, verificou-se que na sala onde estavam abrigados os machos o piso das gaiolas já se encontrava sujo de fezes e pisoteado pelos animais, e seria naquele local que os cães passariam a noite, ou seja, os cães necessariamente teriam de dormir sobre as próprias fezes”, afirma o parecer. Também segundo Greif, durante o dia os animais do “canil estoque” só tinham acesso a uma área de recreação coberta e, portanto, tinham contato com luz natural por meio de janelas em vez de “banho de sol”.
Coincidentemente, os documentos acessados pelos ativistas em 18 de outubro mostram que, em janeiro de 2013, vários beagles estavam contaminados com giárdia, um protozoário que ataca o intestino e se espalha para outros animais, principalmente pelo contato com as fezes. O protozoário também pode infectar humanos.
As conclusões de Greif confirmam uma situação que já tinha sido constatada em 2012, quando o Ministério Público solicitou a ajuda da veterinária Rosângela Ribeiro, gerente de programas veterinários da WSPA (Sociedade Mundial de Proteção Animal). No parecer de 14 de agosto de 2012, ao qual o iG teve acesso, Rosângela também critica o "canil estoque". “(Os cachorros) começavam a latir muito, demostrando um grande estresse físico e psicológico. Um dos funcionários me ofereceu um protetor auricular, demostrando que aquele local tinha problemas constantes com o barulho causado pelo latido e vocalização crônica dos cães ali albergados. Sendo esse um forte indício de estresse físico e psicológico e sofrimento”, explica no texto ao Ministério Público.
Em julho de 2013, após os relatórios de Rosangela e Greif, o Ministério propôs que o Instituto Royal assinasse um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para, entre outros pontos, ser suspenso o uso de gaiolas no setor estoque. Em setembro, os advogados do Royal aceitaram firmar o termo e se comprometeram a reformar o local, substituindo as gaiolas por baias, como acontecia no setor maternidade e experimental.
Doações, vendas e eutanásia
Apesar de os documentos acessados pelos ativistas não deixarem claro todos os procedimentos que eram feitos nos beagles, alguns papéis citam que parte dos animais havia passado por estudo de “lodenafila”, substância usada, principalmente, para tratamento de disfunção erétil. Os mesmos documentos mostram que a Royal vendia legalmente alguns beagles para professores e pesquisadores externos.
A reportagem teve acesso a contratos de venda que mostram que, entre agosto de 2010 a maio de 2013, 69 cachorros foram comercializados com acadêmicos ligados a universidades particulares e públicas, como a Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual Paulista. Desse total, 51 foram comprados por pesquisadores da área de odontologia, 15 por professores ou doutorandos da área de veterinária e três por um médico que tem como tema de estudo a disfunção erétil.
Em agosto de 2010, por exemplo, uma professora da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP adquiriu 15 beagles por aproximadamente R$ 29 mil. Os animais foram entregues ao Departamento de Patologia Veterinária, o que significa que eles podem ter passado por experimentos sobre doenças aos quais os próprios animais estão sujeitos.
Mas os beagles não saíam apenas para experimentos. Como foi divulgado pelo instituto na época da polêmica, alguns dos cães também era doados para pessoas que quisessem cuidar deles. Com indicação de conhecidos, o Royal entregava os cachorros que tinham sido usados em experimentos, mas cujo protocolo não obrigava sacrifício.
Além disso, há registros de doação de cães que tinham tido a função de “matrizes” - ou seja, gerar ninhadas -, de cachorros que estavam “irremediavelmente debilitados” e, ainda, de animais que já não tinham mais idade para venda. Em um dos documentos do inquérito, o Instituto Royal afirma que, em média, 17 cachorros eram doados por ano. Por outro lado, no período de 2011 e 2012, pelo menos 40 cães, 12 coelhos, 150 camundongos e 500 ratos foram submetidos à eutanásia dentro do Royal.
Outro lado
iG procurou o Instituto Royal, mas, depois que o laboratório fechou, ninguém quis responder as informações obtidas pela reportagem. Já Marcelo Marcos Morales, coordenador do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) na época da invasão do Royal, criticou o biólogo e a veterinária convocados pelo Ministério Público para fazer o relatório.
“Não tinha indício de maus-tratos. O que aconteceu? Fizeram uma denúncia e o promotor de São Roque colocou uma pessoa lá. Uma que se diz cientista, não é cientista, é bióloga. Tinha uma coisa muito tendenciosa nesse inquérito. Não havia nenhuma irregularidade. São coisas que são da cabeça deles (veterinária e biólogo)”, explica.
Morales admitiu, no entanto, que o Concea não verifica se os laboratórios que pedem credenciamento para fazer experimentos com animais cumprem o que diz a Lei Arouca, como é chamada a legislação, de 2008, sobre o uso de animais no ensino e na pesquisa. “Partimos do princípio de que os laboratórios estão de acordo com os documentos entregues ao Concea. Se há alguma denúncia, e isso é comprovado, então o laboratório fica em maus lençóis”, argumenta.

Restaurantes conhecidos por venderem sopa de tubarão fecham na China

Hong Kong é considerada a capital da barbatana de tubarão (Foto: AFP)
De acordo com o jornal britânico “The Guardian”, seis meses depois de a China ter banido a sopa de tubarão dos banquetes oficiais, o preço [das barbatanas de tubarão] caiu entre 20% a 30% em Hong Kong e em Macau, bem como noutros grandes mercados.
O jornal noticia que alguns restaurantes conhecidos pela sopa de tubarão alteraram os menus e outros encerraram, enquanto as companhias aéreas e os hotéis deixaram de servir esta sopa.
Em junho de 2013, o Conselho da União Europeia (UE) adotou um regulamento que acaba com as exceções que permitem cortar barbatanas de tubarões nos navios, de que beneficiam as frotas portuguesa e espanhola, com o voto contra de Portugal.
A prática de ‘finning’ – que consiste em aproveitar as barbatanas dos tubarões e rejeitar as restantes partes, que são atiradas ao mar – é proibida na UE desde 2003, mas a legislação em vigor até junho permitia algumas exceções.
Posteriormente a esta decisão, em dezembro último, as autoridades chinesas decidiram banir a sopa de barbatana de tubarão das receções oficiais, esperando que esta proteção se alargue a outras espécies ameaçadas.
O Conselho de Assuntos do Estado (Governo) e o comité central do Partido Comunista chinês (PCC), órgão dirigente do país, publicaram uma diretiva que proíbe “servir pratos com barbatana de tubarão, ninhos de andorinha e produtos provenientes de animais selvagens nos jantares e receções oficiais”.
A sopa de barbatana de tubarão é considerada, há séculos, uma iguaria na China e o preço atinge níveis muito elevados nos mercados, nomeadamente em Hong Kong.
Esta tradição levou à pesca desenfreada de tubarões em todo o mundo. As barbatanas são cortadas, em animais ainda vivos que são, em seguida, lançados mutilados ao mar, acabando por morrer.
Nos últimos anos, sob a pressão de organizações não-governamentais e instituições internacionais, um número crescente de personalidades chinesas, hotéis e restaurantes declararam renunciar à sopa de barbatana de tubarão.
*Esta notícia foi, originalmente, escrita em português europeu e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores.

Agressões a animais caem 37% em Campo Grande (MS)

Cachorro está bem melhor depois do tratamento (Foto: Marcos Ermínio)
Cachorro está bem melhor depois do tratamento (Foto: Marcos Ermínio)
Matar ou maltratar animais domésticos são crimes antigos, mas que continuam revoltando. Durante todo o ano passado, foram registrados 39 casos desse tipo de maus-tratos em Campo Grande.
De acordo com o titular da Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), Antonio Silvano Rodrigues da Mota, em relação a 2012, o número diminuiu 37%. Naquele ano foram 62 ocorrências.
Antonio explica que a diminuição dos casos tem ligação com a repercussão que eles causam na sociedade. “Os veículos de comunicação tem grande papel porque divulgam esses casos que chocam muita gente, assim as pessoas têm receio de praticar a violência”, completa.
O delegado conta ainda que apesar da diminuição os casos continuam sendo registrados. “Hoje mesmo registramos um caso desse tipo, eles continuam a acontecer e as pessoas precisam se conscientizar”.
A presidente do Abrigo dos Bichos, Maíra Peixoto, explica que 90% dos resgates feitos pela Ong são em decorrência de violências praticadas contra os animais. “Não é só a agressão física que é considerada um mau trato, abandonar o animal na rua também pode ser motivo para o dono responder por isso”, conta.
Os motivos para agredir um animal são inúmeros, mas muitas vezes descontar no animal um problema vivenciado fora de casa é uma das justificativas.
Entre as “armas” mais usadas pelos agressores para machucar os animais estão pauladas e até o uso de água ou óleo fervendo. “Temos um cãozinho que está em tratamento com a gente há três meses, não sabemos se jogaram água ou óleo quente, mas ele ficou bastante machucado”.
Uma das recomendações é que as pessoas que encontrem animais vítimas de agressão peçam aos tutores para que façam um termo de doação definitiva ao abrigo. Dessa forma, os tutores não podem voltar a ter a guarda dos animais.
Segundo a legislação atual, quem for condenado no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais, pode ficar preso de 3 meses a 1 ano. Já o artigo 164 do Código Penal prevê pena de 15 dias a seis meses. Nos dois casos o condenado também pode ser obrigado a pagar multa.

Neurocientista afirma que cão é o ser mais inteligente depois do homem no mundo

Que os cachorros são seres altamente espertos e capazes de muita coisa todos nós sabemos. No entanto, Brian Hare, neurocientista fundador do Centro de Cognição Canina da Universidade Duke, nos EUA, foi muito além dessa afirmação. Brian acredita que os cães são o segundo mamífero mais inteligente do planeta, atrás apenas dos humanos.
Segundo o neurocientista, até mesmo a popularidade dos cães entre os humanos é explicada por esse genialidade inerente à espécie. Sua teoria se baseia em um conjunto de trabalhos sobre o assunto, apelidados de caninognição – ou seja, a cognição dos cães. A partir de seus estudos, os autores chegaram à conclusão de que o processo evolutivo que transformou lobos em cachorros domésticos fez com que os animais adquirissem um novo tipo de inteligência social.
Isso levou os cachorros a criarem uma inteligência próximas à de bebês humanos, no que diz respeito ao comportamento e habilidades de comunicação. Brian ainda vai mais além e considera que, depois da raça humana, os cachorros são os mamíferos mais bem sucedidos do planeta, superando até mesmo os chimpanzés, famosos por sua inteligência perspicaz.
Entretanto, onde se encontra toda essa sagacidade canina? Brian afirma estar na capacidade do cachorro em compreender gestos e olhares, como a indicação de um local para o qual apontamos ou um olhar de reprovação. É aí que reina a potencialidade canina. Essa habilidade de compreensão da linguagem corporal humana é extremamente rara entre os animais. Nem mesmo os chimpanzés conseguem interpretar tão bem nossos gestos quanto os cachorros.
Além disso, os cães também são capazes de aprender palavras e compreender seus significados. Um cachorro pode aprender o significado de dezenas de novas palavras por meio de um processo de dedução lógica, exatamente como o método usado pelas crianças para descobrir nomes de objetos desconhecidos. São animais tão espertos e abertos para o aprendizado que uma Border Collie chamada Chaser conseguiu identificar o nome de mil objetos em um experimento.
Outro exemplo de que os cães são animais dotados de uma inteligência impressionante é o fato de terem o sentimento de empatia. Por isso, é comum os donos desses bichos notarem que eles ficam mais felizes ou mais tristes em situações onde o ambiente e as pessoas a sua volta também demonstram essa variação de humor.
Não à toa, apesar de não saberem se comunicar como a gente, os cachorros são considerados o melhor amigo do homem. São tratados como membros da família, recebem todo tipo de mimo e atenção, participando intensamente da vida de seus donos. Por esses e outros fatores, o posto de mamífero mais bem sucedido depois dos humanos é mais do que merecido.

Até 70% das doenças modernas são por conta do consumo de produtos de origem animal



Carnes, ovos e laticínios: ruins para os animais, ruins para a sua saúde, ruins para o meio ambiente. Bons para os latifundiários pecuaristas.

A humanidade poderia se ver livre de sete em cada dez doenças que apareceram nas últimas décadas, caso nosso apetite por produtos de origem animal não fosse tão forte como é hoje. Carnes – especialmente de frango, porco e boi -, peixes, laticínios e ovos estão entre os vilões da saúde segundo um novo estudo publicado nesta segunda-feira (16) pelas Nações Unidas (ONU).

Através da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), a ONU alertou em seu relatório intitulado “World Livestock 2013: Changing Disease Landscapes.” (“Pecuária Mundial 2013: Mudando o Panorama das Doenças”, em tradução livre) que a busca por mais alimentos de origem animal tem deixado nossa sociedade mais doente: “O aumento da população, a expansão agrícola e a existência de cada vez mais cadeias de abastecimento alimentar globais alteraram dramaticamente a forma como as doenças emergem, como passam de uma espécie para outra e como se espalham.” – diz o texto.



Leia o relatório na íntegra (em inglês)

O consumo de produtos de origem animal pode trazer problemas diretos como doenças cardiovasculares, diabetes, alguns tipos de câncer etc., mas é ainda mais nocivo se pensarmos que toda a dieta baseada em grandes quantidades de proteína de origem animal demanda quantidades imensas de recursos naturais. Com o meio ambiente afetado, a tendências de novas doenças surgirem é maior. Por causa da globalização, há ainda maior facilidade de um novo vírus se espalhar, como já aconteceu com as gripes aviária e suína. Segundo a ONU, nenhuma outra atividade humana exige tantos recursos naturais como terra e água como a criação de animais para o consumo de sua carne e para a produção de leite, ovos e outros produtos de origem animal.

Criações intensivas como as de frango para carne, de galinhas para a produção de ovos e a de porcos são grandes celeiros de novas doenças, uma vez que a proximidade dos animais e as condições quase sempre insalubres do ambiente colaboram para a proliferação de doenças. Contudo, ainda segundo o relatório, mesmo nos casos em que os animais são criados de forma extensiva, há risco de doenças serem levadas por grandes distâncias e afetarem outras regiões.

Quanto mais o mundo consome produtos de origem animal, mais animais precisam ser criados em espaços cada vez menores e mais antibióticos e hormônios são dados a eles. É um ciclo perigoso.

Em resumo, quando você consome algum produto de origem animal, está prejudicando os animais, sua saúde e a saúde da humanidade como um todo, colaborando para o surgimento de doenças através da criação dos animais que deram origem ao produto que você consumiu.

Conheça um estilo de vida que exclui todos os produtos de origem animal, conheça o veganismo:www.sejavegano.com.br.




Violência contra os animais domésticos: somatofobia, por Sônia T Felipe


"A somatofobia é uma doença na qual o sujeito revela que os demais que o rodeiam nada mais são do que objetos que ele posiciona na cena para lá e para cá, a seu bel prazer, para atender apenas aos seus impulsos fóbicos. E esses, geralmente, na mente somatofóbica, são impulsos destinados a agregar mais força ao sujeito, que se nutre de suas vítimas até exaurir nelas a chama da vida. Mulheres vítimas da somatofobia e seus animais de companhia e estima sabem perfeitamente do que estamos tratando aqui. O que não ensinamos ainda, a todos, é como livrar-se das garras da mente somatofóbica, pois o próprio somatofóbico também não aprendeu como livrar-se de seus impulsos somatofóbicos. Ninguém lhe ensina isso na família somatofóbica, na escola somatofóbica, na sociedade somatofóbica."
Sobre a relação entre violência contra humanos e contra animais, somatofobia, escrevi três artigos há uns cinco anos, publicados na Pensata Animal. São artigos que resultam de uma pesquisa à qual dei início no ano de 1993, portanto, há vinte anos. Hoje é um dos temas dos meus estudos, que, se concluídos a contento, serão transformados em livro sobre a violência contra os animais de qualquer espécie, humana e não-humana.
A somatofobia (do grego soma = corpo, matéria; e phóbos = aversão, hostilidade, horror, medo) é uma patologia moral de fundo estruturante, que leva o sujeito insatisfeito a concluir que qualquer ser vivo à sua volta que não atenda a seus impulsos ególatras merece ser punido fisicamente, chegando essa punição até mesmo ao assassinato. Essa patologia responde pela violência doméstica, a violência que o agente desencadeia sobre os corpos de quem vive em sua intimidade familiar, não fazendo distinção entre os corpos da mulher, das crianças e dos animais detidos no lar para companhia, guarda ou estima.
Esse tema ainda é tratado de forma incipiente em nosso país. Quando a ANDA noticia episódios de maus-tratos aos animais, seja na rua ou nos domicílios, a maior parte dos comentários supura ódio ao agente somatofóbico, sem que alguém jamais tenha se dedicado à literatura que trata da questão há mais de vinte anos nos países de língua inglesa. O assunto é sério. De uma gravidade que aqui sequer se imagina.
No território estadunidense, cientes de que o abuso contra o corpo de qualquer animal é indício de uma patologia grave, o governo inclui todo abusador de animais na lista de psicopatas que precisam ser observados cautelosamente. A polícia passa a monitorar a vida de qualquer humano que tenha maltratado animais, pois sabe que um abusador de animais é um somatofóbico insatisfeito que abusará, maltratará ou mesmo matará qualquer animal, quero dizer, um animal de qualquer espécie, incluindo a humana, assim que seus desejos e impulsos forem contrariados por alguém. A forma de expressão da frustração e do próprio fracasso, nos indivíduos somatofóbicos, é a agressão contra aquilo que eles julgam dever ser punido por contrariar sua vontade: o corpo de alguém indefeso ao seu ataque, de alguém próximo, acessível. Esse corpo quase sempre é o da mulher, da criança, do cão ou do gato, detidos no domicílio do somatofóbico.
Aqui no Brasil ainda acham que abusar de animais é algo inofensivo… cultural… algo de humanos ignorantes. Não é. A maldade não tem objeto determinado, nem se manifesta apenas em pessoas ignorantes. Também pessoas altamente instruídas podem ter a estruturação psicológica e moral somatofóbica. Basta lembrar o caso da enfermeira, mulher de médico, que espancou sua cadela por três dias até que a vida fosse eliminada daquele corpo. Nesse caso, a somatofobia é direcionada contra o corpo de quem contraria a vontade do indivíduo insatisfeito. Geralmente ela se manifesta claramente no âmbito doméstico.
Como, no entender da mente somatofóbica, o corpo dos outros tem que atender aos desejos e interesses do eterno insatisfeito, e, convenhamos, isso é algo que não acontece 24 horas por dia durante todos os dias do ano ou todos os anos da vida desse indivíduo, ele faz o que pode para destruir esse corpo que não lhe obedece, que não se submete ao seu poder ególatra.
Não interessa ao somatofóbico se o corpo que resiste ao seu impulso e não atende seus comandos é o de um gato, um cão, uma criança, a companheira, a avó… Somatofobia é doença grave. Chamamos no senso comum de maldade. É doença moral grave. Precisa de tratamento para refazer os circuitos do raciocínio que, quando saudável, permite ao sujeito compreender que os demais seres vivos ao seu redor não estão aí para atender a qualquer impulso seu, a qualquer ordem sua, a qualquer comando seu, ou para satisfazer qualquer carência sua.
Cada ser vivo está aqui neste planeta para viver sua vida. Nesse viver pode ser que seja possível construir vínculos de amor que resultem em troca, enriquecendo ambos os lados. Mas o amor não pode ser brandido com armas na mão. As armas são dilacerantes. Elas desfazem os fios que ligam os seres amados aos seus amantes. Isso vale para humanos em sua interação com os não-humanos.
A somatofobia é uma doença na qual o sujeito revela que os demais que o rodeiam nada mais são do que objetos que ele posiciona na cena para lá e para cá, a seu bel prazer, para atender apenas aos seus impulsos fóbicos. E esses, geralmente, na mente somatofóbica, são impulsos destinados a agregar mais força ao sujeito, que se nutre de suas vítimas até exaurir nelas a chama da vida. Mulheres vítimas da somatofobia e seus animais de companhia e estima sabem perfeitamente do que estamos tratando aqui. O que não ensinamos ainda, a todos, é como livrar-se das garras da mente somatofóbica, pois o próprio somatofóbico também não aprendeu como livrar-se de seus impulsos somatofóbicos. Ninguém lhe ensina isso na família somatofóbica, na escola somatofóbica, na sociedade somatofóbica.