O que há por trás do “desafio do balde de gelo”


Pamela Anderson fez barulho na mídia ao se recusar a participar do desafio do balde de gelo em apoio à ALS Association (Associação contra a Esclerose Lateral Amiotrófica), por conta do seu histórico de financiamento a experimentos animais descritos como cruéis e inúteis.
Continuar fazendo testes em animais é jogar dinheiro pelo ralo.
Continuar com testes em animais é jogar dinheiro pelo ralo.
Seu posicionamento desencadeou uma ampla discussão. A questão que devemos considerar é: Pamela Anderson tem alguma razão?
Como neurologista credenciada, eu acompanho e sou uma das principais investigadoras da pesquisa subvencionada com pacientes com ELA. Eu já – literalmente – chorei com os meus pacientes e os seus familiares quando tive que dar o diagnóstico devastador de Esclerose Lateral Amiotrófica, ou Doença de Lou Gehrig.
Assim como tantas outras doenças neurológicas, a ELA é terrível e devastadora. Eu me compadeço pelas pessoas que vivem e morrem com essa doença. Assistir aos meus pacientes perderem progressivamente o controle das suas funções corporais mais básicas (comer, defecar, respirar) com pouco a oferecer além do meu suporte emocional, é o pior pesadelo de qualquer médico. A única droga disponível atualmente, de tão ineficaz, não vale nem à pena mencionar.
Por que então, após 7 décadas do corajoso embate de Lou Gehrig contra essa doença, e milhões de dólares gastos em pesquisa, não existe um único tratamento efetivo ou cura à vista para a ELA?
A resposta repousa em como o dinheiro (sendo a maior parte dele dos nossos impostos) é gasto. Grande parte do dinheiro de pesquisa tem sido canalizada para os assim chamados “modelos animais” de ELA.
Aí está o problema, conforme eu já discuti anteriormente: a ELA é uma doença exclusivamentehumana. Pesquisadores têm criado artificialmente animais que mostram alguns sintomas que se assemelham a ELA, mas assim como em tantas outras doenças, o “modelo animal” apenas imita alguns dos sintomas da ELA, que além de serem diferentes, possuem outras causas. Assim, esses modelos animais se apresentam como substitutos extremamente pobres para estudar doenças exclusivamente humanas.
Por exemplo, durante décadas pesquisadores voltaram sua atenção ao rato geneticamente modificado SOD1, como “modelo” para o estudo da ELA. Mas no decorrer dos últimos anos, se tornou evidente se tratar de um fracasso retumbante. A doença nesses ratos não é consistente com a forma mais comum de ELA em humanos. Depois de 40 anos usando esse modelo de pesquisa, todas as drogas que foram efetivas nos animais mostraram pouco ou nenhum benefício em humanos. Em outras palavras, os experimentos com os animais falharam de novo.
Percebendo os problemas com o rato SOD1 e a sua pouca relevância para a pesquisa sobre a ELA, os pesquisadores então passaram para um modelo diferente: o rato TDP43. Mas agora, um novo estudo já aponta que o TDP43 difere em características chave da doença em humanos. Por exemplo, em pacientes com ELA, a paralisia ocorre no decorrer do tempo. Mas essa progressão da paralisia não é observada no TDP43. Esse rato normalmente morre de obstruções intestinais, enquanto que humanos sucumbem à perda de massa muscular e falência respiratória.
Não deveria ser surpresa que ratos (ou quaisquer outros animais) manifestam a doença de maneira diferente. A doença é complexa, e mudar uns poucos genes em um organismo biológico ainda mais complexo não reproduz a verdadeira doença.
Para ser justa, esses pesquisadores apontam outros problemas com a utilização desses roedores que (segundo eles, e sem qualquer evidência) podem ser consertados. Mas por quanto tempo continuaremos com isso? Sempre que um novo “modelo animal” é criado, decorrem décadas e milhões de dólares gastos para descobrirmos que o modelo estava errado. Pesquisadores então retrocedem e tentam de novo apenas para criar mais um modelo errado. E assim vai, de novo, e de novo, e de novo.
"Modelos animais" colocam a vida humana em risco.
“Modelos animais” colocam a saúde humana em risco.
Por quanto tempo continuaremos cometendo os mesmos erros? Décadas do mesmo modelo de pesquisa não nos trouxeram a cura. De fato, não nos trouxeram nem mesmo um único tratamento eficaz. Como diz o velho ditado: “Quando você estiver preso em um buraco, pare de cavar”.
Meu maior medo é que talvez nós tenhamos encontrado a cura há muito tempo, mas ela pode ter sido abandonada por conta dos enganosos experimentos com animais. Drogas que funcionariam em humanos podem ter sido descartadas porque não funcionaram em camundongos.
Nós precisamos utilizar nossos fundos de pesquisa com inteligência e estratégia. Quão perto estaríamos de uma cura hoje se ao invés de desperdiçar milhões de dólares em experimentos animais falhos, o dinheiro estivesse sendo usado para métodos de testes com base em humanos, que recriam a doença precisamente?
Enquanto a experimentação animal continua a desperdiçar tempo, dinheiro e vidas apostando com animais, pessoas com ELA se tornaram tão desesperadas que estão se inscrevendo emtestes de drogas não regulamentados, colocando suas vidas em grande risco. E sejamos claros: humanos colocam as suas vidas em risco sempre que tomam um medicamento pela primeira vez após o desenvolvimento com testes em animais, já que mais de 9 em cada 10 drogas consideradas seguras e efetivas em animais acabam sendo perigosas ou ineficazes em humanos.
A escolha aqui não é entre testar em animais ou humanos – e nunca foi. A escolha é entre continuar colocando as vidas das pessoas em risco com base em experimentos animais imprecisos, ou garantir a sua segurança através da utilização de testes mais precisos baseados em humanos antes que as pessoas comecem a tomar os remédios.
Eu certamente estou empolgada que a ELA esteja recebendo a atenção que merece. Mas eu espero a ALS Association pare de jogar pelo ralo as doações de legiões de pessoas generosas em mais experimentos animais fracassados. E é por isso que eu, assim como Pamela Anderson, encorajoa ALS Association a investir o seu dinheiro arrecadado em uma área mais promissora: desenvolver métodos alternativos aos modelos animais, os quais precisamos tão desesperadamente.
Aysha Akhtar é médica neurologista, especialista em saúde pública, e autora.
 Fonte: HUFFPOST SCIENCE
Tradução: Pedro Abreu

Tribunal de Justiça autoriza moradora a manter labrador em condomínio

Foto ilustrativa
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) autorizou o morador de um condomínio na zona Sul de Ribeirão Preto a manter uma cadela da raça labrador no apartamento, apesar da proibição determinada pelo regulamento interno do residencial.
A decisão do órgão colegiado também cancela as multas aplicadas contra o tutor do cachorro e proíbe que novas autuações sejam emitidas.
Segundo alegação do condomínio, o animal era de grande porte, mas, pelo regulamento, seriam permitidos apenas animais pequenos dentro dos apartamentos, “competindo aos condôminos impedir que os mesmos não perturbem o sossego dos moradores”.
O desembargador do TJ Neves Amorim manteve a decisão da Justiça em primeira instância após o condomínio recorrer e concluiu que não há evidências da impossibilidade de manter o animal no local.
O administrador de empresas Geraldo José de Souza Pinto, tutor da cadela labrador, contou que o cão é dócil e não oferece risco à segurança dos moradores.
A Nina está em casa desde 2002. Os conflitos no condomínio, no entanto, tiveram início somente em 2010.
Geraldo foi autuado três vezes por manter sua cadela labrador no apartamento – cada infração custou um salário mínimo.
A esposa de Geraldo, Luci Valim de Souza Pinto, considera Nina como sua filha. “Ela é obediente, uma companheira, não late”. Um dos advogados do condomínio, Vinicius Buranelli, não quis comentar a decisão. A reportagem apurou, no entanto, que um recurso contra a decisão do TJ não deverá ser impetrado.
Restrição na parte interna não é comum
Proprietário de uma administradora de 70 condomínios em Ribeirão Preto, Sérgio Tadeu Gonçalves relata que a minoria dos residenciais estabelece regras que proíbem todo tipo de animal dentro dos apartamentos.
“Dos 70 condomínios que administramos, estimo que 5% têm esse tipo de proibição no interior dos imóveis”, frisa.
Gonçalves acrescenta que fica muito difícil modificar a regra de um condomínio que já foi estabelecido.
“É necessário que pelo menos dois terços dos condôminos votem por determinada mudança para que ela passe a ser válida. Como é difícil mudar a regra, daí vem a questão judicial, como ocorreu neste caso da cadela labrador dentro do apartamento”, conclui.
Fonte: A Cidade
Veja abaixo algumas decisões judiciais envolvendo condomínios e animais de estimação no estado de São Paulo. É possível procurar mais ações nos Tribunais de Justiça de cada estado
Clique aqui
As decisões do Poder Judiciário, têm sido no sentido de ignorar convenções condominiais e regulamentos internos proibitivos em prol da análise do caso concreto. Isto porque a própria Constituição da República e o Código Civil asseguram o direito de propriedade e seu pleno exercício dentro das unidades condominiais e, sendo assim, não poderiam contrariar estes diplomas, vedando genericamente animais de estimação, convenções condominiais e regulamentos internos. Eventual vedação apenas poderia ocorrer em caso de abuso de direito de propriedade, o que somente pode ser avaliado em análise ao caso concreto.

Leia mais aqui

Proteção animal tem decisão judicial sem precedentes



Cães nos abrigos particulares, de protetores independentes devem ser castrados, vacinados e alimentados pelo prefeito, que é por lei o responsável pelos animais abandonados, e pelos que foram resgatados pelos protetores.
Em Ilhabela, litoral paulista, a advogada Maria F. C. Muniz conquistou na justiça um feito que desperta nos protetores de animais abandonados a esperança de acabar com o sofrimento das criaturas indefesas.
A advogada ingressou com uma ação contra a prefeitura depois de o abrigo, mantido com muita dificuldade e recursos próprios por Dochiê Dobrota, ser demolido por ordem do governo  municipal.  O juiz Sandro Cavalcanti Rollo acolheu o pedido de tutela antecipada e determinou que os 54 animais mantidos por Dochiê Dobrota fossem vacinados e castrados no prazo de 45 dias e estipulou multa diária de R$1.000,00 caso a decisão não fosse cumprida.
O juiz determinou também que a prefeitura providenciasse mensalmente 750 kg de ração de boa qualidade para os cães e gatos mantidos por Dobrota e Sandra Regina Meirinho, autoras do processo. No caso de  falta de fornecimento do alimento a multa diária foi estipulada em R$ 5.000,00.
A prefeitura recorreu da decisão, mas o Tribunal negou o efeito suspensivo da liminar, e o juiz determinou que a decisão judicial fosse cumprida no prazo de 24 horas sob pena de incidência da multa, crime de desobediência e improbidade administrativa.
Os argumentos do juiz em seu despacho são contundentes e muito bem fundamentados. Dentre os fundamentos estão a Declaração Universal dos Direitos dos Animais, a Constituição Federal e a Lei Estadual 11.977/05, conhecida como Código de Proteção aos Animais, que prevê que os municípios mantenham programas permanentes de controle de zoonoses, vacinação, castração de cães e gatos e ações educativas de tutela responsável.
Em seu despacho Dr. Cavalcanti reconhece o trabalho das autoras como de interesse da dignidade dos animais, da população de Ilhabela e da própria prefeitura. Em 3 de setembro de 2010 ele foi merecidamente homenageado com o título de Cidadão de Ilhabela.

Para conhecer o Despacho na íntegra clique aqui


ANDA

DIREITO FUNDAMENTAL - Município tem obrigação de resolver situação de animais abandonados

Por Jomar Martins


A tutela da saúde e do meio ambiente está no âmbito de competência do município, na forma dos artigos 23, inciso II e VI; e 30, inciso I, da Constituição da República. Assim, se o ente se omite, o Poder Judiciário pode estabelecer medidas que levem ao cumprimento dos seus deveres. O entendimento levou a 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul a manter, no mérito, sentença que determinou ao município de São Sebastião do Caí construir um centro para acolher e tratar animais abandonados.

Após ser condenada na Ação Civil Pública movida pelo Mistério Público, a administração alegou, na apelação em reexame necessário, que não tem como cumprir a obrigação diante da falta de projeto técnico e de dotação orçamentária. Ainda: teme que a decisão judicial acabará por retirar ou reduzir a verba destinada à saúde da população.

A relatora do recurso, desembargadora Lúcia de Fátima Cerveira, ponderou que o direito à saúde e ao meio ambiente equilibrado implica no reconhecimento de deveres por parte do Poder Público, que deve adotar políticas e práticas públicas voltadas à promoção destes direitos fundamentais. "O argumento defensivo pautado na reserva do possível, ou seja, nas limitações de ordem orçamentária para a implementação de determinadas políticas públicas, não é absoluto no caso em tela", disse no acórdão.

Ela lembrou que, no plano internacional, o Brasil é signatário da Declaração Universal dos Direitos dos Animais, proclamada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em janeiro de 1978. O documento diz, em seu artigo 6º, letra b, que o abandono de um animal é ato cruel e degradante. No âmbito interno, a Constituição (artigo 225, parágrafo 1º, inciso VII) diz que o Poder Público tem o dever de proteger a fauna e a flora, "sendo vedadas as práticas que provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade".

Mantido o mérito da sentença, a relatora deu provimento ao recurso para estender de 60 para 150 dias o prazo para elaboração dos programas e projetos definidos em sentença. Além disso, a dotação de valores específicos para a implementação e manutenção dos projetos seja incluída na Lei Orçamentária Anual de 2015 no mesmo prazo.

Clique aqui para ler a sentença.
Clique aqui para ler o acórdão.

CONJUR

Nebuloso universo (pequeno mundo) dos Animais - ausência do Estado, empoderamento da sociedade.




Abalo no “eixo”. Uma trama de identidades plurais e inconclusas...

Por Angela Caruso.

Não somos livres para escolher a identidade que melhor nos convier!

 “... as instituições e as coletividades operam na legitimação institucional, cultural e história de certas identidades sociais enquanto outras se tornam ilegítimas, destruídas encarceradas e patologizadas” (Moita Lopes, 2003:21)


É bem verdade que estamos perdendo a noção do risco presente na sociedade, e o sentido mínimo de confiança nas tradicionais instâncias protetoras e normativas como: Estado, Educação, Saúde, Governo e Família. Abandonados às próprias escolhas e a autogestão da vida, desencadeamos a idéia de insegurança e angústia.
http://www.scielo.br/pdf/delta/v20n2/24269.pdf

As mulheres são as vítimas mais suscetíveis! Interessante, não? O trabalho técnico no link acima demonstra algumas situações em que estamos envolvidas, e em grande maioria não damos conta de reconhecer. “Freud em 1918 já afirmara que "a neurose obsessiva se desenvolve com base numa constituição anal sádica". Em outro momento argumenta que "o pensamento obsessivo compulsivo é aquele cuja função está em representar um ato regressivamente" (1909).”

Estranho esse Freud! Amado e odiado, controverso, foi o primeiro a falar em “histeria”, síndrome de Édipo e comportamento sexual, interligado ao desenvolvimento dos comportamentos a uma base de experiências, em geral com mulheres. Vale observar seus métodos e analisar o que avançou na ciência que hoje pode oferecer um pouco mais de qualidade de vida, o que antes não existia.

Daí, você deve estar se perguntando o que pretendo com isto, onde quero chegar, e como os ANIMAIS se enquadram no meu contexto?

Ultimamente, animais e práticas de maus tratos ganharam destaque na mídia e foram alvos dos mais variados comentários, reações e revelações...

Logo, se percebe os desejos inconscientes de cada indivíduo (aqueles que repudiamos e negamos) algumas vezes por exigências morais. Em grande escala, tais desejos valorizam sentimentos agressivos, até homicidas, em relação a pessoas, instituições, família e também aos ANIMAIS. Um sentimento de raiva se une as “catexias” (a raiva que se sente contra uma pessoa, fato ou... é uma catexia ou fixação de energia na representação mental dessa pessoa (e não nela como objeto externo), transverssada também da chamada “catexia narcisística”.

E aí a coisa pega!

O senso moral e social quando o “eixo” está abalado segue no vácuo e nos faz atender as perigosas ordens do “superego”, que parte direto para as transgressões. A trama orquestrada pelo “sofrimento” do próprio “ego” que carrega 97% da essência dos defeitos psicológicos, nutridos permanente e inconscientemente por nós mesmos, nos garante a construção da “falsa imagem do mito da perfeição”, e assim garantido, fazemos do outro o arquétipo do lixo que rejeitamos em nós. Parece complicado?

Vejam a agressividade desenhada em nossa reação frente às agressões cometidas contra os ANIMAIS. Podemos justificar como externalização da angústia ou defesa obsessiva e maníaca? Ou, talvez, uma tendência reparatória de culpa? Qual a diferença?

Ainda, nesta histeria, concorrem (me refiro agora aos titulados defensores e protetores dos animais) os que se somam a indivíduos que buscam triunfar deste “objeto”, negando suas dependências pela sedução e sentimentos onipotentes, que no fundo sombreiam as suas incompletudes.

E os animais?

Os animais estão expostos e prejudicados às mais variadas situações e condições, exceto os que vagam em abandono e os de vida livre, milhões estão sujeitos a viverem ao lado de psicopatas ou sob seus comandos. Pessoas inteligentes, articuladas, autoconfiantes, sem ética, empatia, remorso ou sentido de culpa. Muitos destes vivendo e convivendo nos grupos, nas “redes”, nas cidades. Basta ler o que escrevem e observar como se atrevem a ameaças, se auto-recomendam, e seus juízos são os verdadeiros e justos. Pobres ANIMAIS que por estes vão passar e passam...

Na ausência do Estado, a sociedade vai se empoderando daquilo que entende por “Justiça”, o que claramente declina para a autotutela – justiça com as próprias mãos – prática milenar que ainda se aplica e não raramente resulta em injustiças. Ainda nesta mesma prerrogativa, indivíduos fazem uso do poder doentio da “razão” (a sua, exclusivamente) e passam a ser invasivos, inadequados, teatrais, exagerados...
Pobres ANIMAIS que por estes passam e vão passar...

Há um aceno que preocupa no “universo” das pessoas atreladas a questão animal. Os protetores que mantém animais em espaços residências, sítios, chácaras, abrigos estão enfrentando uma “força tarefa” de salvadores da pátria – Zeus – que direcionam a salvação dos animais. Tal movimento se mostra como um pensamento mítico que está muito ligado à magia e ao desejo de que as coisas aconteçam de um determinado modo. Porém, será bom lembrar que ao opor a razão ao mito, o positivismo empobrece a realidade. Com isto, os pobres ANIMAIS passarão por essa perspectiva coletiva, transgressão das normas, não-obediência das regras, e fatalmente continuarão afetados.

Qual era mesmo a pergunta? Quem cuida ou cuidará dos ANIMAIS melhor que EU?
 
 
Angela Caruso
Jan/17/2012
 

Referências

 
http://psipalavra.blogspot.com/
 
 

Veterinário comenta mitos e verdades sobre o processo de castração dos animais



Agosto é o mês da campanha de castração de cães e gatos, com o foco em controlar a população de animais em Ribeirão Preto. Mas, seja através de iniciativa pública ou em clínicas particulares, o processo envolve muitos mitos que provocam receios e dúvidas por parte dos tutores dos animais.
Segundo o veterinário Alessander Andrade de Martins, consultor técnico da Pet Farm, muitas pessoas têm medo por ser um procedimento cirúrgico com anestesia geral, mas a castração é sempre benéfica se não há o objetivo de crias.
Martins explica que nas fêmeas a castração é feita com a retirada dos ovários e do útero, fazendo com que ela não tenha mais cio. Já no macho, são retirados os testículos.
O período ideal para fazer o procedimento é antes do primeiro cio, assim que termina a fase das primeiras vacinas e o animal está imunizado. De acordo com o veterinário, pesquisas americanas revelam que, se for feito nessa época, há uma queda de 90% na incidência de câncer de mama, mas pode ocorrer em qualquer idade.
Prevenção
Devido à redução na produção de hormônios e à diminuição do metabolismo, os animais castrados tendem a ficar mais dóceis e socializáveis. “Nas fêmeas, previne doenças como a piometra (infecção uterina) e tumores de mama, além de evitar os sintomas típicos do cio e gravidez indesejada”, descreve.
Para os machos o procedimento também é benéfico, principalmente em casos de cães agressivos. “Ocorre queda na ação hormonal da testosterona, que provoca irritabilidade maior. E ainda reduz a incidência de câncer de próstata”, diz Martins.
Como a castração costuma deixar o animal mais quieto e sedentário, pois se reduz o ritmo de seu metabolismo, ele tende a ganhar alguns quilos a mais. Mas essa mudança pode ser evitada se o tutor criar uma rotina de atividades físicas e fizer uma adequação alimentar.
MITOS
- O animal deixará de interagir
Muitos tutores acreditam que o animal castrado fica bobo e sem interação com os tutores, mas não é verdade.
- O animal precisa cruzar pelo menos uma vez ou ter uma cria
Os animais cruzam apenas pelo instinto de reprodução. Eles não terão uma vida melhor ou mais saudável só por terem cruzado, tampouco ficarão frustrados.
- É uma crueldade com o animal
A castração é um procedimento cirúrgico, com anestesia geral, logo, possui riscos, mas não há crueldade e ainda irá protegê-lo de doenças nos órgãos genitais.
VERDADES
Reduz drasticamente o risco de doenças do trato genital, como no útero, próstata, testículos e mamas.
Diminui o hábito de urinar em locais indesejados para marcação de território.
Elimina os sintomas típicos do cio, como a perda de sangue nas cadelas ou mesmo a aproximação excessiva de cães.
O animal tende a ganhar peso porque há uma alteração hormonal e, consequente, há redução do metabolismo, mas a situação pode ser controlada desde que se mantenha uma rotina de atividades físicas e alimentação adequada.
Fonte: A Cidade

Rodeio de Limeira cancela provas de montaria após proibição da Justiça

Rodeio de Limeira em 2013 teve provas de montaria (Foto: André Silva/Divulgação)
Decisão judicial de 2008 só foi conhecida neste ano, segundo organização.
Programação de shows é mantida; público estimado é de 140 mil pessoas.


O Rodeio de Limeira (SP) cancelou as provas de montaria em cavalos e touros da edição deste ano, que acontecerá entre 4 e 14 de setembro. Segundo a organização, a medida atende decisão judicial de 2008 que só chegou ao conhecimento dos organizadores em 2014. A programação de shows será mantida, de acordo com o presidente da Associação Independente dos Cavaleiros de Limeira (Aical), Marcelo Coghi.

O processo na Justiça foi movido por uma associação de proteção animal de Santo André (SP) em 2006. Na época, o rodeio era realizado pelo Clube dos Cavaleiros. A decisão em primeira instância saiu dois anos depois e proibiu o uso de equipamentos de montaria como espora, peiteira, polaco e sedém. Sem eles, não é possível fazer as provas de montaria, diz a atual organização.

"Eles chegaram a recorrer, mas a decisão da Justiça foi mantida em segunda instância também", relatou Coghi. Desde 2010 a Aical é a responsável pelo evento na cidade, mas o presidente da associação disse que somente neste ano ficou sabendo do processo e, por isso, decidiu cumprir à decisão. "A ação foi movida contra o Clube dos Cavaleiros e não contra a Aical, mas vamos seguir o que determinou a Justiça", afirmou.

Coghi afirmou ainda que a associação pretende estudar até 2015 quais medidas judiciais podem ser adotadas para que o rodeio do ano que vem possam ter as provas de montaria. "Na pressa, para este ano, é mais seguro cancelar, mas estudaremos com advogados especializados a melhor forma de proceder para termos as provas novamente", disse Coghi.

De acordo com a Aical, a programação de shows será mantida e a quantidade de público nas sete noites do evento não será alterada. "O público geralmente vai ao rodeio pelos shows e pela festa, mas acompanha também as provas de montaria. Infelizmente, a única coisa que será alterada é a caracterização do evento, que perde a parte da cultura do rodeio", disse o organizador. A expectativa de público, segundo ele, é de 140 mil pessoas nas sete noites. O evento será realizado no Espaço Rodeio, na Via Jurandir Paixão, quilômetro 3.

AÇÃO DE DEFENSORES - Rodeios enfrentam constante queda de público no Brasil

De acordo com artigo da Folha de São Paulo, os rodeios enfrentam redução de público e buscam diversificar as atrações na tentativa de frear esta redução.
A queda de frequentadores atinge aquelas que são consideradas as “festas” mais tradicionais – Barretos, Americana, Limeira e Jaguariúna.
Entre os motivos apontados para a diminuição está a ação de entidades de proteção animal.
O rodeio de Americana por exemplo, teve queda de público pelo segundo ano seguido, assustando seus organizadores. Neste ano, o público foi 30% menor do que em 2013, que já havia sido 14% inferior a 2012.
A constatação acompanha as recentes proibições na realização de rodeios e vaquejadas em diversas cidades do país como Fortaleza (CE)Petrópolis (RJ)Juiz de Fora (MG) e Valinhos (SP).
Fonte: Veggi & Tal

Sete razões para evitar o consumo de mel

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
1. As abelhas são criadas em processos industriais, assim como as galinhas, os porcos e as vacas
Esses insetos são produzidos em larga escala por apicultores, onde eles vivem confinados em ambientes artificiais apertados e ficam feridos muitas vezes.
2. As abelhas são feridas no processo de coleta do mel
Apicultores podem ser descuidados ao coletarem mel. As asas e as pernas das abelhas são frequentemente arrancadas no processo. Além disso, os agricultores cortam as asas da abelha rainha para se certificarem de que ela não irá sair da colmeia.
3. Abelhas polinizam flores naturalmente
As abelhas desempenham um papel essencial na polinização, que é necessário para a reprodução das plantas, de modo que, se elas fossem extintas, o ecossistema correria o risco de entrar em colapso.
4. Abelhas precisam de seu mel
O mel ajuda as abelhas a sobreviver no inverno. E ele é feito com nutrientes específicos necessários para a sua sobrevivência.
5. O mel é vendido para o lucro
As abelhas são exploradas para que as grandes organizações lucrem com seu mel.
6. As abelhas trabalham constantemente
Uma única abelha operária pode visitar até 10 mil flores por dia e, durante toda a sua vida, produzir apenas uma única colher de chá de mel. Todas as abelhas têm um trabalho específico a fazer, dependendo de sua idade, sexo e época do ano. Não devemos manipular este processo.
7. Roubar é errado
Todo mundo sabe disso. Então por qual motivo aceitamos roubar algo de um animal? O mel é essencial para a sobrevivência das abelhas, e elas trabalham arduamente para fazer isso!
O que você pode fazer:
É fácil. Evite todos os produtos que são feitos com mel. Outros adoçantes, como agave e xarope de ácer, são deliciosas alternativas que não prejudicam as abelhas ou qualquer outro animal.