Como resgatar um cão da rua?

O abandono de animais não é só um problema da esfera pública, mas de toda a sociedade. E você pode ajudar a minimizá-lo, se der a um bichinho uma nova chance



Eles estão em todos os lugares: perto de lanchonetes – onde não raramente são enxotados -, pontos de ônibus, no meio de avenidas arriscando suas vidas, e parecem ser invisíveis para a maioria das pessoas.
São os cães de rua, vítimas do abandono, da guarda irresponsável, descartados como se fossem um móvel velho sem mais utilidade. De fato, é de cortar o coração de quem gosta de animais e convive com eles em seu lar.

Aproximação
Se você se compadece com essa situação e tem vontade – e condições – de retirar um cachorro indefeso das ruas, saiba como proceder para que haja um final feliz.
Alguns animais estão sempre em estado de alerta; são maltratados, às vezes, até espancados, e por isso, não veem com bons olhos a aproximação de uma pessoa, mesmo que ela tenha boas intenções. Se achar que o cachorro não está com uma cara amistosa, vá com calma e não demonstre nervosismo; cães percebem facilmente o estado de uma pessoa.
Fique a uma certa distância do cão, agachado, para ficar no mesmo nível dele, e coloque alguma ração no chão. Espere que coma, e se aproxime aos poucos para oferecer mais comida. Quando achar que já tem alguma confiança do animal, deixe que ele coma na sua mão e, em seguida, faça um carinho no peito.
Assim, gradativamente, sem assustar o cachorro, mostre a guia para ele, deixe que a cheire, e só a coloque se tiver certeza de sua receptividade.

Veterinário

Antes de levar o bichinho para sua casa, vá ao veterinário para que ele possa avaliar o estado de saúde do animal, estimar sua idade, e principalmente, esterilizá-lo, vaciná-lo e vermifugá-lo. Essas medidas são importantes tanto para a saúde do cão como para a sua e a dos seus pets, pois muitas doenças são transmitidas para o homem e, claro para os outros animais.

Lar temporário
Não deixe o cachorro junto com os outros pets, isole-o num cômodo da casa, com água, comida e caixa sanitária até que ele esteja saudável, caso seja constatada alguma enfermidade. Também é possível hospedá-lo em pet shops e hoteizinhos, onde serão cobradas diárias.

Não leve a abrigos; eles estão sempre lotados e contam com poucos recursos. Se realmente quer ajudar um bichinho, esteja ciente de que ele vai consumir parte do seu tempo e orçamento.

Divulgação
Se não puder ter mais um bichinho na casa e decidir doá-lo, divulgue na internet. Uma boa opção são as redes sociais, como facebook e twitter. Há também vários sites de adoção em todo Brasil que colocam à disposição cães e gatos vítimas do abandono.

Não se esqueça de tirar uma foto do cão informar a idade estimada, sexo e raça.

Guarda responsável

É preciso muita cautela na hora de doar o bichinho. Muitos, na ânsia de se livrarem do animal e não ter mais despesas adicionais, simplesmente o “empurram” ao primeiro interessado que aparece, sem verificar as condições do futuro dono, onde mora, se todos os moradores estão de acordo com a adoção, se já possui outros animais etc.

Por isso, tenha certeza de que o cachorro será bem-acolhido: os da raça pit bull, por exemplo, são procurados por pessoas que promovem rinhas ou empresas que os utilizam como cão de guarda. Então, não se precipite. Entregue o cão somente no endereço do adotante e deixe claro que ele pode devolver o animal, caso não haja adaptação. Isso evitará um novo abandono.

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