Avanço da tecnologia permite prevenir doenças oftálmicas com maior eficácia em animais



Oftalmologista. Muita gente só vai a este profissional uma vez ao ano, para a realização de exames de rotina e verificação do grau dos óculos ou, ainda, quando há alguma emergência, como irritação ou secreção ocular. O que poucas pessoas sabem é que os animais também devem ter, em suas rotinas médicas, a prática de visita a veterinários oftalmologistas, pois há várias doenças, assim como em humanos, que, se diagnosticadas antecipadamente, podem ser tratadas com mais eficácia.

No dia 07 de maio, comemora-se o Dia do Oftalmologista, por isso Fabiano Montiani-Ferreira, consultor da DrogaVET e professor de Oftalmologia Veterinária na Universidade Federal do Paraná (UFPR), dá algumas dicas de como prevenir problemas nos olhos do animal, relacionando também os principais sinais clínicos das doenças oculares entre os animais. “A ceratoconjuntivite seca (olho seco) é muito comum em cães. Trata-se de uma condição determinada geneticamente, mas que também pode ser adquirida. Não há cura definitiva, porém é facilmente controlada por meio de medicação” , alerta o profissional.

Tanto em cães quanto em gatos, as doenças mais graves são as que comprometem a capacidade visual, particularmente da retina, a arquitetura dos tecidos transparentes do olho ou a integridade física do bulbo ocular, de maneira temporária ou permanente.”O aparecimento de catarata, por exemplo, que pode levar à cegueira, é uma ocorrência muito comum em pets. Porém, pode ser tratada com correção cirúrgica, com alto índice de sucesso. Outro problema, que observo muito nos consultórios, é o glaucoma secundário. Essa enfermidade causa muita dor e o bichinho necessita de medicação imediata, para não ficar cego. É importante ressaltar que, se o animal não receber o tratamento correto e o mais rápido possível, a doença pode provocar a perda definitiva da visão” , explica Montani-Ferreira. “As alterações nos olhos também podem ser causadas por doenças sistêmicas, como diabetes, toxoplasmose, alterações hormonais e neoplasias (câncer)” , completa o consultor.

Para evitar com que essas enfermidades levem à cegueira definitiva, os tutores devem ficar atentos a alguns comportamentos que podem indicar que há algo errado com os olhos dos animais e sempre procurar um especialista. “Assim como os seres humanos, os animais também apresentam vermelhidão ou opacidade nos olhos, presença secreção, irritação ou coceira. Os pets, afetados com algumas condições, podem manter os olhos mais fechados durante o dia ou piscar bastante, mais do que o normal. Além disso, é importante perceber se o cachorro ou gato anda encostado nas paredes, evita ser acariciado na cabeça, esbarram em móveis ou procuram ficar escondidos em lugares mais escuros da casa” , ressalta o oftalmologista veterinário.

Os animais são tão parecidos com seus tutores que desenvolvem doenças comuns entre eles, como conjuntivite, atrofia de retina e glaucoma. Apesar do rápido tratamento (colírios, pomadas e até intervenções cirúrgicas), uma das grandes dificuldades para os tutores é encontrar a medicação mais indicada para o caso de seu bichinho. “Uma dica é solicitar ao veterinário a receita e enviá-la para manipulação. As vantagens desses produtos são diversas, como a flexibilidade de combinações de fármacos e produção de uma fórmula exclusiva às necessidades específicas de cada paciente animal. Além disso, é possível controlar a concentração do princípio ativo, a presença ou ausência de conservantes e ainda utilizar princípios ativos não encontrados comercialmente”, finaliza Fabiano Montiani-Ferreira.

Em linhas gerais, a frase de Leonardo da Vinci “os olhos são o espelho da alma” pode e deve ser levada ao pé da letra, no caso dos bichos. Afinal, eles não conseguem falar quando estão doentes, por isso é tão importante ficar atento aos animais e realizar consultas regularmente ao médico veterinário.

Fonte: SEGS

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