Deixar de ser? Ou jamais foi?



O ídolo Roberto Carlos, 73 anos, declara abandonar o vegetarianismo e apoia a campanha pelo consumo da carne ao lado do não menos conhecido ator Tony Ramos.

O garoto ( #jovemsenhoratrapalhado )  propaganda causa frisson!

Comoção transitória na mídia e na sociedade surpresas com a postura do homem que já se postou de defensor da natureza e dos animais em algum momento da história.

Bem a vontade para me pronunciar, uma vez que sempre curti suas composições com outros intérpretes, jamais comprei um disco, CD ou vídeo do “rei”. A voz anasalada não me agrada, nem a figura espacial.

No entanto, gosto pessoal apartado, quero me deter na análise dos anos de empenho, quase desumano e tremendamente dispendioso, para fazer sua imagem sobreviver. Vendas de CDs, shows (versão marítimos), finais de ano globais, entrevistas casuais sobre sua paixão por carro ao lado de famosos das Fórmulas e Tais, cantando para Papas etecétera, nos permite uma releitura e um possível descrédito da verdade dos conceitos e posições desta figura pública.

Vegetariano ?

Diz que não comia carne de boi e porco, mas outros animais ...

Afirma em uma entrevista que tinha um desejo enorme de comer a carne: “...Deixei de comer carne por influência de amigos vegetarianos. Depois de um tempo, me deu vontade de comer novamente. Meu médico (ortomolecular) disse que deu deveria voltar comer e voltei", contou o cantor como se estivesse conversando um velho amigo...”

Vegetariano por influência de amigos. **
Não por convicção, compreensão, sentimento !

Não!

O “reizinho” jamais foi vegetariano ou defensor da natureza e dos animais!

Pergunto ainda. Qual parte dessa sociedade consumista ficará incomodada por ver desmoronar a tão bem construída imagem deste quase “homemsanto”, generoso, sofrido, humano?

Talvez, quem sabe, seja a hora de passarmos pelo buraco da agulha?

A tal campanha parece que será um sucesso, já vem demonstrando excelentes resultados afirma a empresa: “...Segundo a companhia, a participação do ator, que conseguiu emplacar o bordão “É Friboi?”,  garantiu aumento de 20% nas vendas no último ano. A campanha representou uma inovação no setor de carnes, que até então não costumava investir no desenvolvimento de marcas...”


De outro olhar, penso ser interessante refletirmos sobre nossas ações quando afirmamos estar modificando pessoas, convertendo digo.

Quantos reizinhos andam por aí ????

**A palavra “influência” dos amigos citada por ele na entrevista me remete a avaliar o que fomos, somos hoje, e poderemos não ser mais !

Angela Caruso
23/02/2014
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