Um grupo de pesquisadores da Universidade de Oldenburg, na Alemanha, reuniu um número significante de evidências sugerindo que a radiação eletromagnética pode interferir no curso migratório de algumas espécies de aves. As informações são do site Extreme Tech.
Desde os anos 50, cientistas estudam uma habilidade chamada de “magnetoception” que algumas espécies de pássaros possuem para sentir o campo magnético da Terra e se orientar no percurso de grandes distâncias.
O experimento feito pelos pesquisadores alemães demonstrou que os tordos europeus ficaram desorientados quando expostos a altos níveis de radiação eletromagnética. As frequências estavam na faixa das ondas médias usadas na rádio AM, não utilizada nos celulares, que tem a segurança contestada por alguns ativistas.
Como se dá esse processo nas aves ainda é um mistério para os cientistas, mas um estudo realizado com pombos-correio sugere que a habilidade possa estar associada a um cristal rico em ferro presente no bico das aves chamado de magnetita.
O estudo começou quando, sete anos atrás, os cientistas da Universidade de Oldenburg perceberam que a maioria dos tordos ficava confusa quando passava pelo campus da universidade. Eles então isolaram uma espécie de cabana com papel alumínio, eliminando a radiação eletromagnética em um raio de 50 quilohertz a 20 Mega hertz, e observaram que quando a blindagem funcionava as aves adotavam a sua posição migratória normal. Mas quando a blindagem era removida ou as aves eram expostas a um dispositivo emitindo ruído de fundo eletromagnético, elas ficavam desorientadas.
A pesquisa vem alimentar a polêmica sobre os efeitos das ondas de rádio a que estamos expostos diariamente na nossa saúde.
Fonte: Canal Tech
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