Mais de 300 chimpanzés explorados em pesquisas são libertados, por Vinicius Siqueira


Foto: Divulgação
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Este ano foi surpreendente para os primatas dos Estados Unidos. Em junho, o Departamento de Pesca e Vida Selvagem propôs uma regra que estenderia a proteção de animais à chimpanzés em cativeiro, os classificando, assim, como seus semelhantes não capturados, como espécie dentro do Ato de Espécies em Perigo. As informações são do One Green Planet.
Após isso, nove babuínos, com idade entre 13 e 23 anos, foram finalmente removidos de suas celas em laboratórios e enviados para a Born Free USA Primate Sanctuary, um santuário de primatas em que eles poderão passar o resto de suas vidas em paz, liberdade e conforto.
Juntamente com esta vitória, outra pode ser celebrada. Na última semana, o Presidente Obama assinou o Ato pela Melhoria da Saúde, Manutenção e Proteção de Chimpanzés como uma lei, o que facilita a transferência de quase todos os chimpanzés explorados em pesquisas para santuários.
A emenda apoiada tanto pelos democratas como pelos republicanos para o Ato de Serviço de Saúde Público acaba com as restrições de gastos do Instituto Nacional de Saúde (NIH) para os cuidados com chimpanzés libertados do abuso em pesquisas. De acordo com o National Journal, uma lei de 2000 destinou 30 milhões de dólares para os cuidados dos chimpanzés “aposentados” de pesquisas, para que, com esses fundos, pudessem viver em santuários livremente, entretanto este limite foi ultrapassado em novembro deste ano.
Chimpanzés no Chimp Heaven, um santuário em Luisiana, se penteando e brincando. (Foto: Reprodução)
Chimpanzés no Chimp Heaven, um santuário em Luisiana, se penteando e brincando. (Foto: Reprodução)
Conforme matéria publicada pela ANDA, 50 chimpanzés permanecerão com o NIH, o que mancha a libertação dos outros 310 chimpanzés, que serão finalmente enviados para santuários nos EUA nos próximo cinco anos. Os fundos federais serão dados a estes santuários para ajudá-los a expandir e cuidar dos novos chimpanzés residentes. O montante dos fundos terá o custo relativo a metade dos gastos quando os animais estavam confinados nas bases do NIH.
Segundo o diretor do Instituto, Francis S. Collins, ao comentar sobre o acontecimento para a Aljazeera America, “novos métodos científicos e tecnologias fizeram chimpanzés utilizados em pesquisas serem largamente desnecessários”. Um estudo de 2011 feito pelo Instituto de Medicina retorna a essa afirmação, com uma conclusão similar de que há “redução da necessidade da ciência” deste animais para estudos diversos.
O novo ato proporciona um razão para celebrar e ter esperanças de que num futuro próximo será possível ver o fim de toda a pesquisa com chimpanzés nos Estados Unidos e no mundo.
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Entenda o caso
Após anos de confinamento e exploração em pesquisas, os chimpanzés do Instituto Nacional de Saúde seriam libertados e finalmente poderiam viver suas vidas em paz, em santuários nos Estados Unidos. Entretanto, uma polêmica girou em torno do custeamento destes animais. Os fundos destinados aos chimpanzés, firmados após a lei de 2000 já citada, estavam se esgotando e, sem novas concessões ou aberturas de fundos, nada poderia ser feito para a realocação destes animais.
Até o momento, 60 chimpanzés declarados “permanentemente inelegíveis para pesquisa biomédica” estavam aguardando a decisão presidencial em laboratórios do Centro de Pesquisas New Iberia.
As ações pró-primatas eram apoiadas por democratas e republicanos, o que facilitou o trâmite pela Casa e a aprovação de uma solução em conjunto com o presidente da república, que precisava aumentar os fundos para a realocação e cuidados de chimpanzés em santuários dos Estados Unidos.
ANDA 

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