Já se passaram 572 dias desde que executivos do SeaWorld Entertainment, Inc. soltaram um bando de pinguins na Bolsa de Valores de Nova York para celebrar a sua oferta pública inicial. Muita coisa aconteceu com a empresa desde abril de 2013, quando foi avaliada em US $ 2,5 bilhões. Agora, de acordo com o anúncio trimestral na quarta-feira de manhã, a companhia está avaliada em US $ 1,5 bilhão, além de apresentar uma perda de 28% no lucro líquido, bem como queda na frequência do parque. As informações são do site The Dodo.
Este anúncio é o mais recente de uma série de problemas financeiros e retrocessos de negócios para o SeaWorld. O apoio do público está cada vez mais em declínio.
Realidades que antes eram apenas conhecidas pelos treinadores, têm sido cada vez mais difundidas internacionalmente. O mundo está agora ciente de que orcas em cativeiro e golfinhos passam por intenso sofrimento físico e emocional. Agora sabemos que as baleias recebem drogas psicoativas, são inseminadas muito jovens, separadas dos seus grupos familiares e vivem menos do que seus parentes selvagens. Sabemos também que esses animais em cativeiro são um risco de segurança para as pessoas que entram em contato com eles, fato evidenciado por várias tragédias envolvendo treinadores do SeaWorld. E a comunidade global – de celebridades a cientistas e legisladores – está se unindo para uma mudança.
Um projeto de lei proposto em março visa proibir a realização de shows, assim como a manutenção de orcas em cativeiro na Califórnia – uma decisão que poderia derrubar o parque do SeaWorld em San Diego, que detém 10 orcas presas em seu estabelecimento. O projeto foi colocado em espera, em abril.
Há uma razão simples para tudo isso. As pessoas já não querem ver um animal de grande porte que possui habilidades intelectuais e emocionais complexas confinados em um tanque para fins de entretenimento. Com um planejamento cuidadoso, orcas cativas podem se aposentar de maneira mais livre em santuários marinhos.
No entanto, o parque tem planos de expansão para o Oriente Médio.
A única solução real e viável para a empresa se adaptar é aposentando suas baleias. A exploração de animais para o entretenimento representa um retrocesso e o Sea World tem que acordar.
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