Figura polêmica da cena cultural e política francesa, Brigitte Bardot, ativista da causa animal, comemora 80 anos no próximo domingo (28). Um dos maiores ícones do cinema mundial, a atriz abandonou a carreira nos anos 70. Longe dos holofotes e apesar da idade avançada, Bardot afirma que não pretende se aposentar tão cedo.
Em entrevista à imprensa francesa, Brigitte Bardot disse que “se aposentar era um horror e que por isso as pessoas morriam de tédio.” Desde seu último filme, “Colinot Trousse-Chemise”, lançado em 1973, a atriz abandonou tudo para lutar pelos direitos animais.
Mesmo tendo recebido inúmeros convites, ela jamais cedeu à tentação de voltar à tela grande, vivendo discretamente cercada de seus cães, que ela parece, definitivamente, preferir aos humanos.
Ela dedicou os últimos quarenta anos de sua vida à Fundação Brigitte Bardot, que ela criou em 1986. “A Fundação é minha vida. E mesmo quando eu morrer, farei o que for preciso para que ela continue existindo”, disse. A atriz francesa luta pelo fim dos rituais de animais que são mortos segundo os preceitos islâmicos. Ainda hoje, ela diz que “a maior felicidade de sua vida seria acabar com essas práticas”. Recentemente, ela pediu ao presidente François Hollande que colocasse um fim a tal crueldade.
Vão-se os anos áureos da protagonista sensual de “Et Dieu créa…la femme”. Há quatro décadas, ela prefere se dedicar à batalha contra as touradas, a caça aos elefantes africanos e às focas. Para ela, o cinema, que a consagrou em filmes como “Le Mépris”, de Jean-Luc Godard, serviu apenas para ajudá-la em seu projeto: dedicar-se aos animais. “Minha vida me ajudou a construir outra. Se eu não tivesse sido Brigitte Bardot conhecida no mundo todo, certamente não teria podido fazer um décimo do que posso fazer pelos animais.” Ela chegou até mesmo a recusar um projeto de Madonna de um filme sobre sua vida. O motivo: a cantora apareceu usando um casaco de pele.
Fonte: RFI
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