Principais alterações do envelhecimento em cães e gatos



Saiba o que acontece com seu pet quando ele começa a 

envelhecer

A vida média de um cão ou gato é de 12 a 14 anos e a idade senil (velhice) começa aproximadamente aos sete anos. Os anos passam mais rápido para os animais, pelo fato de possuírem um metabolismo mais acentuado se comparado ao nosso. Mas muitos animais vivem mais que a média, chegando até aos 20 anos devido aos avanços da medicina veterinária entre outros fatores, como predisposição genética, tipo de ambiente em que vivem, alimentação adequada e qualificada e cuidados que receberão na idade senil.
Cães e gatos, assim como nós, necessitam de cuidados especiais em seu processo de envelhecimento. Sendo assim, há algumas condições necessárias que devem ser oferecidas pelos proprietários, como visitas periódicas ao médico veterinário. Por meio de exames específicos, o profissional poderá prevenir ou diagnosticar doenças a tempo de o animal receber tratamento adequado.
Nesta faixa etária do animal, algumas enfermidades são mais predisponentes e vale a pena ressaltá-las para o conhecimento prévio do proprietário e para que ele possa fornecer qualidade de vida ao seu companheiro.
Doenças Cardíacas: muitos cães idosos apresentam alterações cardíacas, principalmente em válvulas. Em alguns animais pode haver uma compensação desta disfunção, entretanto, outros apresentam sinais de cardiopatia clássicos como tosses, ofegação, cansaço além do normal, língua roxa (sinal clínico denominado cianose) após excitação e desmaios. Mesmo não apresentando estes sinais, o animal idoso deve ser examinado anualmente para prevenção de qualquer cardiopatia. Algumas raças, como poodle e boxer, apresentam mais predisposição a doenças cardiovasculares que outras.
Doenças articulares: enfermidades dos tecidos ósseos são muito comuns nessa fase da vida, principalmente em animais acima do peso. A doença articular mais comum é a artrose (desgaste da articulação). Já na coluna, os problemas mais comuns são as hérnias de disco (vulgarmente conhecidos como “bico de papagaio”) e as calcificações intervertebrais. Os sinais clínicos mais comuns dessas doenças são: manqueira, dificuldade de subir escadas/pular, descoordenação motora dos membros, levantar com dificuldade e mudança nos locais de defecar ou urinar. Como protocolo, alguns veterinários como processo preventivo indicam aos animais condroprotetores que tem a função de fornecer ao sistema condroitína e glucosamina que são essenciais na constituição e a manutenção destes tecidos de maneira adequada e saudável.
Tumores: fêmeas que não foram castradas apresentam a tendência de desenvolver tumores mamários, ou mesmo tumores de ovário. Já em machos, o aparecimento de tumores de próstata é mais frequente. Entretanto, todo nódulo que aparecer no animal deve ser analisado frisando que um diagnóstico precoce pode promover um tratamento mais eficaz contra esta enfermidade.
Infecção Uterina: enfermidade muito frequente em fêmeas inteiras. O útero do animal fica repleto de secreção purulenta e ele pode vir a se intoxicar pela absorção dessa secreção. Os principais sinais clínicos de uma fêmea com piometra são apatia, vômitos, aumento de volume abdominal e corrimento vaginal. Deve ser encaminhado ao veterinário imediatamente, pois neste caso o tratamento deve ser cirúrgico, com a retirada do útero.
Doença Periodontal: enfermidade provocada pela placa bacteriana que fica localizada sobre os dentes do animal, levando a perda dos mesmos e doenças sistêmicas devido à migração dessas bactérias. A prevenção consiste na remoção dessa placa periodicamente e o hábito do proprietário em escovar os dentes do animal, utilizando cremes dentais específicos ou mesmo soluções de limpeza que são diluídas na água e que ajudam no combate a esta doença. Sinais clínicos mais comuns são mau hálito, dificuldade de mastigação e salivação.
Diabetes: dentre as enfermidades da velhice dos animais, é a diabetes é a menos comum. Entretanto, animais idosos podem se tornar diabéticos. Os sinais são ingestão acentuada de água, urina em excesso e pode estar associado ou não a catarata. A partir do momento que o animal desenvolve estes sinais, o interessante é levá-lo ao veterinário. Exames periódicos (dosagens de glicemia) fornecem um diagnóstico precoce e maior sucesso no tratamento.

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