A Justiça condenou a enfermeira Camila Correia, que agrediu e matou uma cadela da raça yorkshire em Formosa, em novembro de 2011, a pagar R$ 20 mil de indenização por danos morais coletivos. O crime, cometido na frente da filha de 2 anos, foi registrado em vídeo por vizinhos e ganhou grande repercussão nas redes sociais.
Responsável pela decisão, a juíza Marina Cardoso Buchdid, da 2ª Vara Cível, das Fazendas Públicas e de Registros Públicos de Formosa, no Entorno do Distrito Federal, defende que as imagens provocaram comoção nacional e indignação generalizada. “O que reflete os sentimentos de tristeza e incredulidade com o comportamento da raça humana que dominaram a população brasileira”, destacou na sentença.
A indenização será destinada ao Fundo Municipal do Meio Ambiente e está sujeita a correção monetária e juros. A decisão cabe recurso.
Em setembro do ano passado, Camila já havia sido condenada pelo crime ambiental de maus-tratos aos animais, com o agravante de ter realizado a agressão na frente da filha. A pena foi de 370 horas de prestação de serviços à comunidade, além de uma multa no valor de R$ 2,8 mil.
Vídeo
Camila Correia aparece em um vídeo feito por vizinhos, no dia 12 de novembro de 2011, espancando um cachorro da raça yorkshire, no apartamento da família, em Formosa. As imagens mostram quando ela arremessa o animal contra parede, o joga várias vezes no chão e bate na cabeça dele com um balde.
Veja o vídeo clicando aqui.
A cadela foi levada para uma clínica veterinária, mas não resistiu aos ferimentos. Ela morreu dois dias depois das agressões. Vizinhos denunciaram o caso no 2ª Distrito Policial de Formosa.
Chamada para prestar esclarecimentos, a enfermeira relatou que bateu na cadela para corrigí-la. Segundo a Polícia Civil, a mulher disse que tinha saído para almoçar e estava tranquila, mas se irritou porque o cachorro fez cocô na casa toda.
Publicado na internet, o vídeo que mostra as agressões causou enorme comoção social. Houve protestos na porta do prédio onde a acusada vivia, no Setor Formosinha, e a família chegou a receber ameaças.
Fonte: G1
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